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Polícia Terça-feira, 29 de Março de 2011, 10:52 - A | A

Terça-feira, 29 de Março de 2011, 10h:52 - A | A

Acusado da morte de seguraça é indiciado por homicídio doloso

Valquíria Oriqui - Capital News (www.capitalnews.com.br)

Em coletiva realizada na manhã desta terça-feira (29), os delegados Daniella Kades e João Eduardo Davanço, relataram detalhadamente a maneira que Christiano Luna de Almeida, 23 anos, matou o segurança, Jeferson Bruno Gomes Escobar, 23 anos, no dia 19 de março, em um bar da Capital, localizado na avenida Afonso Pena.

Em um primeiro momento, Christiano foi indiciado por lesão corporal seguida de morte, porém, após ouvir depoimentos de algumas testemunhas, a delegada mudou o tipo do crime para homicídio doloso.

A delegada conta que a confusão teve início no interior da boate, quando Christiano passa a mão na região glútea de um garçom. O garçom chama a atenção de Christiano e pede para ele parar. Ao perceber a situação, Jefferson então chama a atenção de Christiano, que por sua vez, passa novamente a mão no garçom.

Com muita resistência Christiano é retirado do bar pelos seguranças. Christiano cai no chão e começa a chutar Jefferson. Num primeiro momento Christiano é contido e levado para o lado do bar.

Passando mal, Jefferson afrouxa a gravata e desiste de Christiano. Segundo a delegada, começa então o segundo momento da agressão. “As agressões ocorreram em dois momentos diferentes. Um quando Christiano é retirado do bar, e outro quando Christiano parte para cima de Jefferson, mesmo sabendo que ele estava passando mal”, diz Daniella.

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Foto: Deurico/Capital News

Um vendedor de bombons, menor de idade, em depoimento, disse que Jefferson falou para Christiano que estava passando mal, e Christiano, sem se importar, usou palavras de baixo calão dizendo: “Eu quero que você se f...”, em seguida, continuou a agredir Jefferson, levando-o a morte.

Após exame necroscópico, ficou constatado que a causa da morte do segurança foi insuficiência respiratória e traumatismo no tórax. Segundo a delegada, em depoimento, colegas de Christiano disseram que o mesmo teria sido agredido dentro do bar. Ao realizar exame de corpo delito, foi constatado que não haviam marcas de agressões pelo corpo de Christiano, apenas leve escoriação no braço.

Jefferson morava com a avó havia oito anos, Mayara Gonçalves, prima de Jefferson, acredita na justiça. “A justiça está sendo feita. É a primeira vitória dentre muitas que ainda estão por vir”, desabafa a prima ao ressaltar que a avó não dormia desde a morte do neto.

O acusado está retido no Presídio de Trânsito, no bairro Jardim Noroeste. Se condenado poderá pegar de seis a 20 anos de prisão.

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Mayara Gonçalves, prima de Jefferson, acredita que a justiça foi feita
Foto: Deurico/Capital News

No próximo dia 19, data de aniversário de Jefferson, familiares e amigos do segurança morto irão realizar manifesto pela avenida Afonso Pena.

Agressões

Em 2005, o lutador faixa roxa de jiu-jitsu, foi suspenso da faculdade onde cursava direito, Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), após participar de uma briga no estacionamento da instituição.

Em 2009, Cristhiano Luna de Almeida agrediu fisicamente o jovem Rafael Mecchi, 22, na época com 20 anos, durante a Expogrande. Rafael conta que as agressões começaram de repente. “Fui chamar meu primo, quando percebi eu já estava apanhando. Nunca fui de sair, depois do que aconteceu, piorou, só fico em casa”, relata o jovem que ainda cuida dos traumas psicológicos com sessões de terapia e remédio controlado. O jovem interrompeu a faculdade de administração que cursava na Uniderp.

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Por Valquíria Oriqui - Capital News (www.capitalnews.com.br)

 

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