Em novembro deste ano, o Conselho Estadual de Controle Ambiental de Mato Grosso do Sul (Ceca/MS), aprovou licença prévia para o ramal ferrovirário de 21 quilômetros para VCP- MS Celulose Sul-Mato-Grossense Ltda. O pedido de licença para ativação do empreendimento foi solicitado recentemente e está sendo analisado pelos técnicos do Instituto do Meio Ambiente. A Prefeitura Municipal de Três Lagoas também já recebeu licença prévia para a construção do contorno Ferroviário com 12,180 Km de extensão).
Segundo a assessoria da VCP Papel e Celulose, cerca de 80% da produção em Três Lagoas vai ser exportada, via Porto de Santos (SP), viajando aproximadamente 910 quilômetros desde o leste de Mato Grosso do Sul, passando por cidades como Araçatuba, Bauru, Rubião Jr., Iperó e Mairinque, até chegar à cidade portuária.
Por meio do governador André Puccinelli foi possível assinar protocolo de intenções entre Votorantin Celulose e Papel (VCP) e a América Latina Logística (ALL Ferrovias), para garantir nos próximo 20 anos o transporte de 3,3 mil toneladas de celulose e papel até o Porto de Santos.
O tempo previsto de percurso dos 896 quilômetros entre Três Lagoas e Santos, conforme a ALL, será de 84 horas em tempo integral, ultrapassando um milhão de toneladas por ano. Para viabilizar a parceria, será construído um ramal ferroviário de cerca de 25 quilômetros da fábrica da VCP MS à linha principal da ALL e melhorias
permanentes no trecho ferroviário entre Santos e Três Lagoas.
A construção do ramal para ligar a fábrica ao novo contorno deve ser concluída no primeiro semestre de 2009. O presidente da ALL, Bernardo Hees, garantiu que assim que a fábrica entrar em operação, todo o material rodante, vagões e locomotivas estarão operando para atender a demanda. Também estão previstas a aquisição de 40 locomotivas para aumento da capacidade de tração, e aproximadamente 600 vagões novos e usados, além da construção de um estrutura especial para carga e descarga em Três Lagoas. Conforme a ALL, cada vagão tira dois caminhões tipo bi-trem das estradas, o que corresponde a 220 caminhões a menos na Santos.