Os advogados do narcotraficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, basearam sua estratégia de defesa na “negativa de autoria”, ou seja, eles afirmam que, conforme os autos, não existe prova de que ele tenha mandado matar o rival João Morel. O julgamento é nesta terça-feira, 10 de novembro, no Fórum de Campo Grande.
João Morel foi morto em 21 de janeiro de 2001, na Penitenciária de Segurança Máxima da Capital, a golpes de chucho (tipo de faca artesanal).
De lá para cá, quatro das testemunhas chave foram mortas: os presos Marcos Rogério de Lima (conhecido como Rogerinho), Weverlon Santi Lopes, Luiz Marcos da Silva Santos (chamado de Francês), José Evanilson Melo da Silva (o James).
Odair Moreira da Silva (conhecido como Marreta) foi julgado e condenado pela execução de Morel e cumpre pena no presídio federal de Catanduvas (PR).
Além destas, outras testemunhas foram ouvidas, mas, sequer foram chamadas pela promotoria para o julgamento. Para um dos advogados de Beira-Mar, Luiz Fernando Bataglin Maciel, não existe prova de que seu cliente foi o mandante. Ele diz estar confiante na absolvição de Beira-Mar. “Espero que ele seja absolvido porque, se o júri entender pelos autos do processo, não há prova. Acredito na honestidade do júri.”
O que poderia dificultar a absolvição, ao entender da defesa, são os “antecedentes” do réu, mesmo assim, Bataglin lembra que Beira-Mar nunca foi condenado por assassinato.
Por: Marcelo Eduardo e Jefferson Gonçalves – (www.capitalnews.com.br)
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