Intervalo do julgamento do narcotraficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, realizado nesta terça-feira, 10 de novembro, no Fórum da Capital. Ele é acusado de mandar matar o também traficante de drogas, João Morel, que comandava a ilegalidade na fronteira entre Brasil e Paraguai, chamado de rei da maconha.
O réu se mostra tranquilo e apresenta indignação com a mídia. Na sistemática do júri, neste primeiro momento, o juiz que preside a sessão (o titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Carlos Alberto Garcete Almeida) pergunta primeiro ao acusado, depois, a promotoria e, em seguida, os advogados de defesa.
Indagado por Garcete sobre entrevista que Beira-Mar teria concedido ao jornal ABC onde afirmaria ter matado João Morel, o réu nega. “Tinha muito respeito pelo João Morel. Pela própria história de vida dele. Ele saiu de onde saiu e chegou onde chegou” – teria sido uma forma de elogio.
Beira-Mar disse que "respeitava muito João Morel"
Foto: Jefferson Gonçalves/Capital News
Beira-Mar enfatiza que a imprensa o tornaria criminoso sem julgamento. “Eu quero prova concreta que eu tenha feito isso. Se um dia sai na mídia que eu sou o pai do filho da Luana Piovani, vai vender. O que a mídia quer é vender.”
Sobre todas as perguntas a respeito de notícias veiculadas sobre ele, feitas pelo juiz e pela promotoria, Beira-Mar se coloca como vítima em todas as respostas. “A maioria das acusações são para vender jornal, mídia.”
Outra pergunta foi feita sobre a reportagem exibida no começo do ano pela Rede Record de Televisão. Beira-Mar disse que foi montagem, que disseram a ele que uma equipe dos Direitos Humanos queriam conversar com ele e que levaram as câmeras e depois editaram.
Por: Marcelo Eduardo e Jefferson Gonçalves – (www.capitalnews.com.br)
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