Petistas de Ponta Porã (cidade distante 329 quilômetros a sudoeste da Capital) deixaram de apoiar o prefeito Flávio Kayatt (PSDB). Reunidos no Hotel Barcelona, eles aprovaram por unanimidade a resolução DM/PT 001/2010, que garante a quebra da aliança com os tucanos e o DEM.
O mesmo documento autoriza a direção municipal petista a “tratar a deliberação dentro dos limites previstos no Estatuto e no Código de Ética do Partido dos Trabalhadores”.
Conforme o Mercosul News, o presidente Paulo Roberto da Silva disse que desde 2004, aquela era a primeira reunião para discutir política. “O que acumulamos em vinte anos, na última eleição perdemos tudo, então essa resolução vai nortear nossas diretrizes”, afirmou, segundo o site local.
Nenhuma outra proposta, segundo o site, foi apresentada durante o encontro. Os filiados do PT que participam da administração de Kayatt serão notificados sobre a decisão e terão que decidir se deixam a Prefeitura ou o partido.
Suspeitas
No dia 22 de janeiro, em resolução publicada no Diário Oficial de Justiça, o procurador adjunto convoca os promotores do Luis Alberto Safraider, Jiskia Sandri Trenti, Ricardo Rotunno e Luciano Alechini Lara Leite, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), para atuarem nas investigações da Operação Owari.
Em consulta ao processo da operação, que corre em segredo de Justiça, podem ser verificadas as letras “F.K.” como identificação do indiciado. Relembrando o andamento das investigações (veja notícias relacionadas), as letras poderiam ser correspondentes ao prefeito de Ponta Porã, Flávio Kayatt. Porém, essa informação não é confirmada pelo Ministério Público do Estado (MPE).
A Operação Owari foi deflagrada em junho de 2009. Por conta dela, vários políticos foram presos provisoriamente, mas, soltos dias depois. Ninguém foi julgado ainda, mas o caso resultou na desoneração de diversos nomes em cargos de segurança na administração de Dourados e outras cidades.(Com colaboração de Jefferson Gonçalves e informações do Mercosul News)
Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)
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