Enquanto aeronaves não podem pousar ou decolar devido ao nevoeiro que cobre boa parte da Capital, os passageiros no Aeroporto Internacional de Campo Grande tentam passar o tempo, dormindo ou conversando, no saguão do estabelecimento.
São 16 voos cancelados desde a madrugada desta sexta-feira. Não há previsão de abertura das pistas.
Desde o dia 13, está em vigor a resolução 141 da Agência Nacional de Aviação (Anac), que prevê que depois de 1 hora do horário previsto para a saída do voo, a companhia aérea tem que ofertar meio de comunicação aos clientes.
Passadas 2 horas, os passageiros alimentação. Depois de 4 horas, é obrigatória a acomodação em local adequado ou em hotel.
Um grupo de seis evangélicos da Igreja Batista aguarda desde as 4h30 o avião que os leve para Garulhos (SP). De lá, seguem para uma missão à África do Sul, onde pretendem ficar por 19 dias.
Grupo de evangélicos vai para SP, de onde seguem para missão na África do Sul
Foto: Deurico/Capital news
“Temos fé em Deus de que vamos conseguir embarcar para a África lá de São Paulo. De que lá não atrase”, comenta Elea Godoy, membro da turma.
Se dizendo acostumado com a situação, o empresário do ramo de energia de subestação Leomar Teichmann, 38, comenta: “Este tipo de coisa não me espanta mais.”
Ele chegou há cerca de 15 minutos antes da conversa com o Capital News. Ao ir fazer check-in, ainda na fila, ele diz esperar que o voo atrase. Querendo partir para a cidade natal, Porto Alegre (RS), Leomar comenta a estrutura dos aeroportos brasileiros. Ele relata que, devido aos negócios, passa boa parte do ano viajando por todo o País. “Os problemas piores são sentidos na regiões Sul e Centro-Oeste. O Brasil todo de um modo geral, mas, principalmente nestas regiões.”
Leomar diz que já está acostumado com atrasos
Foto: Deurico/Capital news
Leomar aproveita para ressalvar a estrutura do Aeroporto da Cidade Morena. “Com o clima que está aqui, se tivesse em qualquer outro local do país, qualquer outro aeroporto fecharia. Não há equipamento em nenhum aeroporto do Brasil para permitir voos com este tempo.”
Ele se diz esperançoso para que a situação melhore a médio prazo. “Espero que, com o derramamento de recursos que o governo Federal vai fazer por conta da Copa do Mundo de 2014, isto melhore. Que se reestruture. Porque, com este tempo, mesmo Cumbica (SP), que é a porta de entrada para o Brasil, fecharia.”
Na primeira foto, Maria Emma (em pé), conta sobre a viagem do grupo de 40 turistas colombianos; muitos aproveitaram para dormir, após espera de mais de cinco horas
Fotos: Deurico/Capital news
Em ritmo de turismo
Nem a demora parece abalar os 40 colombianos de Bogotá (capital do país) que pretendem passar um mês desfrutando das belezas brasileiras. Eles chegaram em terras tupiniquins no dia 1º. Agora, vêm de Bonito e partem para São Paulo (SP). Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ) e Foz do Iguaçu (PR), são os próximos destinos.
Maria Emma conta ao Capital News que a informação repassada pela Empresa Brasileira de Infraestutura Aeroportuária (Infraero) é de que o clima não permite um prognóstico de novo voo. “Por contado mal tempo, não é possível voar. Estamos aqui desde as 5h e o nosso voo já foi remarcado uma vez, mas, foi cancelado também. Agora, não tem uma nova informação de quando poderemos seguir viagem.”
Saguão do Aeroporto de Campo grande fica lotado de clientes à espera da abertura das pistas, impossível, no momento, devido ao clima instável
Fotos: Deurico/Capital news
Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)
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