A implementação do 5G em Mato Grosso do Sul está presente em apenas 18 municípios, o que corresponde a 22,8% das 79 cidades do Estado. No ano passado, 13 municípios receberam autorização do governo federal para implantar a tecnologia, incluindo Paranaíba, Antônio João, Aquidauana, Chapadão do Sul, entre outros. De acordo com a Associação Brasileira de Infraestrutura para Telecomunicações (ABRINTEL), o Estado possui atualmente 483 estações 5G instaladas, representando apenas 1,18% do total nacional.
A ABRINTEL defende que para garantir a expansão rápida e o acesso igualitário à internet, é essencial criar políticas públicas que promovam a instalação de torres compartilhadas. A entidade destacou a importância da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 7.708, que discute a obrigatoriedade de compartilhamento de torres de telecomunicações situadas a menos de 500 metros de distância. O ministro Flávio Dino, relator do processo, já determinou a liminar que restabelece a norma, mas o julgamento foi adiado após pedido de vistas do presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso.
A ABRINTEL alerta que a eliminação dessa obrigatoriedade pode resultar em investimentos ineficientes, com a construção desnecessária de novas torres, prejudicando a expansão da conectividade. A entidade destaca que, ao invés de priorizar o uso de estruturas já existentes, os investimentos poderiam ser desperdiçados, aumentando ainda mais as desigualdades no acesso à internet no Brasil.
Em nível nacional, dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) mostram que, até fevereiro de 2025, apenas 22% dos municípios brasileiros terão estações 5G instaladas. A maioria dessas instalações tem utilizado torres já existentes, como fachadas de prédios e topos de edifícios, permitindo uma alocação mais eficiente dos recursos. A ABRINTEL reforça a necessidade de utilizar essas infraestruturas para garantir a democratização do acesso ao 5G em todo o Brasil.
