A Prefeitura de Campo Grande fez uma exposição sobre a situação financeira e suas movimentações de 2012 até esse momento. A conclusão final foi o aumento absurdo nas despesas ultrapassando a receita, o que fez agravar a crise nas finanças do município.
De acordo com o demonstrado pelo secretário de Planejamento, Finanças e Controle, Disney de Souza Fernandes, no decorrer do período sempre havia um saldo em caixa para garantir o pagamento das despesas. Tanto que em março de 2013, quando houve a cassação do prefeito Alcides Bernal, mais de R$ 300 milhões foram deixados em caixa, e se repetia mensalmente em torno de R$ 100 milhões.
A partir daí, com Gilmar Olarte na administração, o equilíbrio das contas começou a deixar de existir, onde os valores arrecadados ficavam abaixo daqueles gastos pela prefeitura. Em 2015, esse número chegou ao ponto ficar no vermelho em R$ 40 milhões de déficit.
O prefeito Alcides Bernal disse que o momento será de cortar e reduzir os gastos, mas garantir a prestação de serviço de qualidade para a população. “Confiamos na força do trabalho e não vamos permitir que haja despesas desnecessárias. Vamos agir com transparência, essa é palavra de ordem. Austeridade e vamos pagar todos aqueles que estão trabalhando,” disse Bernal, lembrando que hoje será depositado o salário dos servidores que ganham até R$ 4 mil.
Uma das propostas do prefeito é aumentar a arrecadação. Para isso, Bernal espera contar com o apoio de toda a população para que paguem seus impostos em dia. Além do que salientou que na conciliação realizada para pagamento de valores do IPTU em atraso, existia uma previsão de arrecadar R$ 8 milhões e com a mudança da administração, chegou a R$ 21 milhões.
Em relação ao corte de despesas, o prefeito não descarta a possibilidade unificar secretarias, mas sem que isso traga prejuízo ao serviço público essencial. “Vamos fazer arrecadação maior contando com o contribuinte pagando seus impostos e acima de tudo tratando esse recurso público com responsabilidade e transparência. Em seis meses acredito ser impossível resolver esse problema (financeiro) pelos números que já foram apresentados. Pegamos uma cidade que foi destruída financeira e administrativamente. Um caos na saúde e educação. Agora precisamos da paciência e colaboração de todos” garantiu.
Bernal descartou aumentar taxas ou impostos para cobrir o rombo dos cofres da prefeitura, até mesmo pelo fato de que, segundo dados apresentados pelo secretário de Planejamento, Campo Grande está bem abaixo na arrecadação em relação a várias cidades do país até de menor porte. “Vamos dar condições de trabalho a nossos técnicos e ver qual é o caminho que não sacrifique os munícipes. Não passa pela cabeça aumentar taxa e impostos. O que passa é melhorar a receita, não permitindo que haja sonegação e dando oportunidades àqueles querem criar, gerar emprego e renda, para de forma justa fazer com que a arrecadação melhore” finaliza.
Jarbas Similevinsk 15/09/2015
Nelsinho Trad criou, durante as suas administrações, uma imensa bolha imobiliária em CG, e por extensão, em boa parte do MS. O povo foi engabelado com a falácia da "valorização" do imóvel, "valorização" essa que, na prática, só beneficiava a prefeitura (aumento do IPTU), os corretores de imóveis e os cartórios. E penalizava o proprietário da propriedade "valorizada", que na prática era o único que soltava o dinheiro (cada vez mais dinheiro). Onde se viu propriedades de Campo Grande valerem mais que propriedades praieiras de Pernambuco (vide um dos 24 slides)? Lembrando que o Nordeste tem prais magníficas, ao contrário do MS que só tem... o pantanal e as aguinhas de Bonito.
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