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Diretor do Consórcio Guaicurus alega precipitação por parte da Agetran em ato de paralisação
O diretor do Consórcio Guaicurus foi flagrado nesta sexta-feira (15) no Terminal Morenão, fazendo vistoria técnica no local, pouco depois da paralisação dos motoristas. Na oportunidade, ele concedeu uma entrevista com exclusividade ao jornal Capital News, para falar sobre o assunto.
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Motoristas de coletivos realizam paralisação e exigem mudanças em Lei
Segundo o diretor, assim que soube da paralisação, entrou em contato com o representante do sindicato para tomar conhecimento dos motivos. “Eu fiquei sabendo da paralisação e liguei para o Demétrio, representante dos motoristas. Ele me afirmou que devido ao fato de não ser atendido na Agetran, resolveu executar a paralisação. Eu acho esse um motivo muito pequeno para este tipo de atitude ter sido tomada, uma precipitação por parte do sindicato”, afirmou.
Demétrio Ferreira de Freitas, representante do Sindicato dos Trabalhadores do transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande não considera correto que as multas em caso de atraso sejam pagas pelos motoristas. “Os motoristas estão recebendo multas de até R$ 300 reais e isso não é correto. Quem deve pagar são as empresas e não eles. Além disso, a lei ainda prevê que com 20 pontos decorrentes destas multas, a motorista tenha”, afirma.
De acordo com Rezende, o motorista só é multado quando não apresenta justificativas em relação ao atraso. “Quando houver uma situação de atraso e o motorista não tiver culpa, ele deve fazer um relatório que será enviado para Agetran para que a multa não seja aplicada. Este procedimento é necessário, pois se ele provoca o atraso ou deixa de fazer uma viagem e não tem uma justificativa, causa um prejuízo para a empresa e para os usuários”, explicou.
Rezende, no entanto, justificou que estava presente no local não devido a paralisação que havia acabado de acontecer, mas sim em função de um trabalho de rotina de fiscalização da empresa. “Estou aqui na verdade fazendo uma fiscalização no banheiro, que necessitarão passar por uma revitalização e não propriamente pela paralisação”, argumentou.
Entenda o caso
Uma paralisação de motoristas do transporte coletivo de Campo Grande gerou confusão durante a manhã desta quinta-feira, no Terminal Morenão. Os ônibus fecharam as entradas e saídas do terminal, na Avenida Costa e Silva. Os motoristas exigem que seja revista a Lei municipal 4.584, de 2007, que estabelece multas em caso de atraso para a chegada dos ônibus nos terminais da capital.
O fluxo no terminal voltou ao normal quando o diretor de Transporte da Agência Municipal de Trânsito (Agetran), Luiz Renato, aceitou receber o sindicato da categoria para um diálogo na sede da empresa. Os motoristas da empresa não quiseram se manifestar sobre o caso.