Divulgação/Setlog-MS

Comemoração em primeira fase da expedição que leva autoridades e empresários para reconhecimento da rota
A Expedição da Rota de Integração Latino-Americana, formada por empresários e autoridades brasileiras, paraguaias e chilenas chegou nesta terça-feira (29) à costa do Pacífico, no Chile. A caravana desbravou estradas do Chaco e do Atacama até concluir a ida até pontos finais de um corredor logístico que deve ser decisivo para o Brasil Central depois de implementado com infraestrutura. A viagem iniciada na sexta-feira (25) é organizada pela Setlog/MS (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de Mato Grosso do Sul) com apoio do Governo do Estado
O grupo, que viaja em 30 caminhotes, pode até o momento verificar in loco a extrema dificuldade para acesso em um trecho não pavimentado de cerca de 260 quilômetros, dentro do Chaco (trecho do Pantanal no país vizinho) e também encarou na Argentina uma estrada de 100 quilômetros sem pavimentação. Enquanto os gargalos do caminho são desbravados o governo paraguaio voltou a garantir a estruturação de 678 quilômetros de estrada, até 2020.
A pavimentação do caminho que liga Carmelo Peralta (fronteira com Porto Murtinho) e Marechal Estigarribia foi licitada, e compreende 277 quilômetros mas de alto custo para a infraestrutura, em virtude da situação geográfica da obra, dentro do Chaco. Outros 401 quilômetros, entre Estigarribia e o município de Pozo Hondo completam a previsão, que custará aos cofres públicos do país vizinho, o equivalente a R$ 3,4 bilhões. O corredor no Paraguai que irá ganhar melhores condições para a logística do Centro-Oeste brasileiro representa um quarto do caminho até Antofagasta ou Iquique, no litoral chileno.
Com quase 500 quilômetros, o pior trecho da malha viária do Paraguai que liga o Mato Grosso do Sul a Argentina está entre Boquerón e Pozo Hondo. O clima semiárido da região ainda contribui para dificultar o escoamento da produção por conta do fino pó de areia depositado no leito da estrada de terra.