Cerca de 200 ex-funcionários do Consórcio UFN3, que trabalhavam na construção da fábrica de da Petrobras em Três Lagoas foram expulsos da cidade pela empresa após incendiarem os dormitórios, quando reivindicavam melhores condições de trabalho e aumento de salários.
De acordo com o preside Central Única dos Trabalhadores (CUT/MS), Genilson Duarte, ontem (4), eles foram colocados em ônibus sob escolta policial e encaminhados para Campo Grande e abandonados em hotéis da cidade, sem nenhuma assistência e com a promessa de receberem os pagamentos e acertos nesta sexta-feira (5).
Sem dinheiro os trabalhadores foram despejados dos hotéis após as diárias vencerem nesta manhã. Eles foram acolhidos pela CUT a pedido Federação dos Trabalhadores na Indústria da Construção Imobiliária de MS e estão na sede da Federação dos Trabalhadores da Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems).
Genilson comenta que a empresa queria enviá-los para Presidente Prudente (SP) para fazer o acerto naquela cidade, sem nenhum apoio do sindicato que poderia apurar irregularidades nos pagamentos. O sindicato dos trabalhadores impediu que eles fossem levados para outra cidade.
"Impedimos a ida dos trabalhadores para outra cidade, pois poderia gerar um caos social, 200 trabalhadores sem dinheiro, sem nenhuma assistência em uma cidade estranha poderia ocorrer confusões, como ocorrido em Três Lagoas, em que os trabalhadores foram recutrados em diversos Estados, Maranhão, Bahia, e quando chegaram no local de trabalho viram que não era o que foi prometido e ficaram revoltados", explicou Duarte.
A CUT acionou a procuradoria do Trabalho para acompanhar os casos dos trabalhadores. A empresa prometeu realizar o acerto até a próxima segunda-feira (8).