Cimi Regional Mato Grosso do Sul
Retomada Yvu Vera, no entorno da reserva de Dourados, teve dez indígenas presos em operação policial
A justiça de Dourados negou a liberdade dos indígenas presos no último sábado (8). A decisão foi tomada pelo juiz Rubens Petrucci Junior, da Segunda Vara Federal do município, contra pedido da Defensoria Pública da União.
Conforme noticiado pelo Capital News, o ex-candidato ao governo do Estado pelo PCO (Partido da Causa Operária), Magno de Souza, está entre os indígenas das etnias Guarani e Kaiowá que foram presos no fim de semana em Dourados por terem invadido um terreno onde está sendo construído um condomínio de luxo.
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O coordenador do Conselho Indigenista Missionário, Matias Benno, classifica a prisão como uma arbitrariedade e diz que vai recorrer da decisão. "É um esgotamento de uma paciência histórica que os indígenas estão tendo frente ao estado de garantir seu processo de direito. E ali, quando você tem esse tipo de arbitrariedade, ora são assassinatos indígenas, ora são prisões, ora são arbitrariedades de diferentes tipos. No final das contas, você tem um tensionamento que, a gente espera que não, mas pode gerar sim mais caos, mais luta, novas mortes, e atrocidades como os indígenas têm sofrido na floresta".
A Defensoria Pública da União esclareceu que as prisões, no caso, não são justificáveis. E informou que vai entrar com habeas corpus no Tribunal Regional Federal da Terceira Região para a concessão de alvará de soltura.