Manifestantes aproveitaram a passagem da tocha olímpica na Avenida Duque de Caxias neste sábado (25), para protestar contra a situação política do país e contra a própria celebração do evento.
A líder do movimento, Fabrícia Salles, criticou o momento de festa em torno da tocha olímpica e afirmou que o objetivo do protesto é fazer contraponto e levar as pessoas a refletirem. “O momento político e econômico que vivemos não é propício para este tipo de situação. Só com a passagem desta tocha, tivemos gastos enormes. Temos que fazer a população pensar sobre isso”, analisa.
Fabrícia distribuía junto com os demais manisfestantes, notas de dólar falso, com fotos do ex-presidente Lula e do juiz Sérgio Moro “Esse aqui (se referindo a Lula) é um dos responsáveis por essa situação caótica que vivemos. Deste outro lado, é o homem que veio para nos salvar deste caos (se referindo a Moro)”, explica.
Ela ainda aproveitou a oportunidade para avaliar o governo do Presidente da República em exercício, Michel Temer. “É muito cedo para falar alguma coisa sobre o atual governo, mas ele errou feio em colocar nos seus ministérios pessoas envolvidas na Lava-Jato”, alerta.
A manifestante também se referiu à situação dos hospitais na capital “É um absurdo o que acontece nos hospitais da nossa cidade. A minha filha faz medicina e nesses dias ela teve que abanar uma criança que tava passando mal, devido à falta de estrutura na saúde”, afirma.
Segundo Fabrícia, o protesto realizado neste sábado, durante revezamento da tocha olímpica, foi articulado há cerca de dois meses.
Barreira
A Força Nacional precisou imobilizar um manifestante que tentou furar o bloqueio em volta da atleta paralímpica Michele Ferreira, momento em que o revezamento passava em frente à prefeitura de Campo Grande. No local, um grupo de pessoas continuavam protestando contra os valores gastos para realização da Olímpiada no Brasil quando houve confusão e o bloqueio tentou ser furado por uma pessoa vestida de boneco.
Novamente cédulas falsas de dinheiro foram jogadas pelos protestantes. Durante o revezamento os manifestantes também protestaram contra a ação de militares no Amazonas que acabou com uma onça-pintada sendo sacrificada. Durante a ação, o grupo apresentava faixas e pessoas fantasiadas.
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