Após sobrepor a classificação do Comitê Gestor do Programa de Saúde e Segurança da Economia (Prosseguir), em relação a bandeira de Campo Grande e não cumprimento dos decretos estaduais pela cor, o Prefeito da Capital, Marquinhos Tad (PSD), disse em entrevista o programa Tribuna Livre da FM Capital, que sua relação com o Governo do Estado não está balançada e que a mudança municipal segue as próprias determinações do decreto para os prefeitos do Estado. “De maneira alguma, todas as decisões administrativas onde existem divergências elas devem ser analisadas com maturidade e acima de tudo com responsabilidade. A partir do momento que próprio decreto do governo possibilita aos prefeitos o não seguimento desde que justificado, é porque não está havendo descumprimento é quando tem uma regra taxativa e o decreto do governo é muito claro quando diz os municípios que não seguirem o decreto devem justificar os motivos para o secretário de saúde e o Prosseguir e nós fizemos isso, portanto não há afronta, não há desrespeito, a gente só quer apenas a readequação e classificação a cor da bandeira de Campo Grande, ou ao menos uma cadeira no Prosseguir para ser ouvido [...] ou aplica-se a todos ou não se aplica a ninguém", disse o prefeito.
Antes do decreto municipal que mudava a classificação da bandeira ser publicado, o Marquinhos esclareceu em entrevista, que "a partir do momento em que o líder começa a titubear os seus liderados, principalmente quando o líder deixa claro de que é possível sim, rebater os nossos dados e não cumprilos ou não adequados ao seu municipio é porque você vê que um líder, não está de todo seguro das suas decisões. E o líder não podem ser como as ondas do mar que vai e volta, que vai e volta, ele que ter uma direção ainda que errada, mas ele tem que ter uma direção [...] O Prosseguir se reuniu no dia sete de junho com a seguinte deliberação, tudo o que for decidido hoje será utilizado até o dia 23 de junho, o prosseguir analisou todo o conjunto da saúde pública de Campo Grande e mesmo com uma pontuação de 27.74, ele classificou Campo Grande como bandeira vermelha. Aconteceu que 48 horas após essa decisão publicada e assinada, vem o Prosseguir convoca uma reunião extraordinária para mexer na cor da bandeira de Campo Grande, sem comunicar o prefeito ou o secretário de saúde do município, mudam as regras, mudam a maneira de fazer a pontuação e dois dias depois o que era bandeira vermelha torna-se cinza, além disso nessa reunião extraordinária o Prosseguir, ele muda alguns tipos de serviços e os classificam como essenciais, não essenciais, não essenciais leves, não essenciais médios, não essenciais de maneira aguda e troca tudo aquilo que a gente imaginava que estávamos em direção certa, pois bem nós pedimos um prazo o Prosseguir entende que de fato deveria ter dado aquele prazo, porque foi uma mudança muito repentina e não quis aceitar os argumentos de Campo Grande com relação a extensão de algumas atividades", conforme o Marquinhos.
Trad ainda complementa relatando que "no dia 7 de junho, Campo Grande teve 27.74 pontos pelo Prosseguir, dois dia depois, o mesmo prosseguir botou Campo Grande com 28.88, quanto mais alta a sua pontuação, menor é a transmissão do contágio, ou seja, se Campo Grande com 27 pontos estava na bandeira vermelha como é que dois dias depois com 28.88 pontos, ele é punido com a bandeira cinza, ele deveria ter ido até para laranja, mais não preferiram um lockdown, dentro de campo Grande que traz alguns tipos de serviços mais transmissíveis do covid abertos e outros que não se podem debitar a culpa a eles, fechados, embora pela Organização de Saúde, essenciais, nesse contratempo nesse vacilo é que Campo Grande, Dourados, Três Lagoas, Ponta Porã, a própria Assomasul ontem, não está aderindo ao decreto do governo do Estado e está justificando os motivos para tanto".
Punição
Marquinhos ainda relatou sobre a situação do comércio pela classificação do Estado “é exatamente quando o líder vacila, quando o líder diz que o comércio não o responsável e no mesmo tempo ele pune com o fechamento do comércio você vê que ele não está levando os seus liderados a um caminho seguro e volto a reiterar, todo o comércio, as atividades de serviço em geral, atacado e varejo, shopping tem sido sim solidários e eficientes no cumprimento dos decretos que regram os protocolos de biossegurança. Se há algum segmento que hoje precisa do governo nas ruas, é as festa clandestinas, são as aglomerações indevidas, que sempre no período noturno para a madrugada, onde o poder público não tem sido efetivo e eficiente, aí que punir aqueles que estão obedecendo ou aqueles que estão em sua grande maioria sendo corretos com sua cidade, devem ser punidos os ruins, devem ser fechados aqueles que não cumprem os decretos, mas não podemos generalizar esse momento de tempo, onde eu repito a você o que o próprio secretário de saúde, Geraldo Resende colocou e falou não é o comércio culpado, portanto porque puni-lo”, disse o prefeito da Capital.
Entenda o caso
Em edição extra publicado na tarde segunda-feira (14) no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande), Prefeitura da Capital, altera de extremo para alto grau de risco a bandeira de classificação feita pelo Comitê Gestor do Programa de Saúde e Segurança da Economia (Prosseguir), com isso estão liberados as atividades essenciais e não essenciais de baixo risco.
Conforme a nota da Secretaria de Estado de Saúde (SES)."O prefeito da Capital, por sua própria conta, reclassificou Campo Grande com a bandeira na cor vermelha, assumindo os riscos de um eventual aumento no número de casos de Covid-19 na capital, nos óbitos, bem como uma superlotação ainda maior e falta de leitos de UTI na macrorregião de Campo Grande".
Já o governo de Mato Grosso do Sul informou que "o Estado alerta aos prefeitos que adotarem medidas mais flexíveis das previstas no Decreto Estadual, que assumam a responsabilidade sobre as consequências decorrentes de seus atos".