Mesmo durante à noite o combate aos incêndios florestais no Pantanal continua e se mostra mais eficaz. Com o uso de trator, motobomba e sopradores na noite dessa quinta-feira (20) duas equipes do Corpo de Bombeiros fizeram o enfrentamento próximo à ponte do rio Paraguai, em Corumbá.
Em seguida, as equipes fizeram o trajeto de volta fazendo o trabalho de rescaldo para evitar a reignição, inclusive destruindo cupinzeiros que mantêm as chamas dentro de si por várias horas. Essa destruição é uma característica importante do combate aos incêndios no bioma para que o fogo não volte.
Segundo a Diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros Militar, a tenente-coronel Tatiane Inoue, o combate noturno no local que é de altas temperaturas tem diversas vantagens; os militares conseguem visualizar melhor os incêndios; o clima mais ameno e a umidade maior facilitam o trabalho dos militares, que param menos para se reidratar; as labaredas diminuem; e os combatentes conseguem avançar mais em menos tempo.
Ainda, uma equipe composta por 13 militares do Corpo de Bombeiros Militar continua atuando na região do Abobral. O fogo, detectado pelo Sistema de Comando de Incidentes (SCI) de Campo Grande, está próximo à Curva do Leque e ao Porto da Manga.
Já na região de Porto Murtinho, os militares atuam em um outro incêndio, detectado pelo SCI. O fogo está próximo à região do Barranco Branco e da base avançada de Porto Murtinho. Duas frentes de combate atuam com o Exército Brasileiro.
Em Corumbá, na região da Nhecolândia, outra guarnição de Bombeiros com oito militares combatem incêndio florestal. Já na região do Forte Coimbra, combatentes monitoram focos de calor, detectados pelo SCI.
Ao todo foram utilizados quatro caminhões de combate a incêndio, três caminhonetes equipadas com kit pick-up, mochilas costais, sopradores e equipamentos de proteção individual.
Na manhã desta sexta-feira (21), uma equipe se deslocou de barco para Maracangalha, distante uma hora e meia de Corumbá, para combater outro foco.