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Meio Ambiente Quarta-feira, 06 de Setembro de 2023, 10:48 - A | A

Quarta-feira, 06 de Setembro de 2023, 10h:48 - A | A

Pantanal

Bombeiros combatem incêndios na região pantaneira

Equipes enfrentam desafios em três frentes de incêndio no bioma pantaneiro

Odirley Deotti
Capital News

Bruno Rezende/Portal MS

Bombeiros combatem incêndios na região pantaneira

Focos de incêndio se espalham com o vento

Em uma ação incansável, o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul está à frente do combate a três incêndios florestais que assolam o Pantanal. As áreas afetadas incluem Nabileque, Salobra e Paiaguás, com equipes trabalhando arduamente para conter as chamas.

O desafio mais persistente está na ilha do Nabileque, próxima à terra indígena Kadiwéu, onde os bombeiros já completam o oitavo dia de combate. O acesso difícil e a densa vegetação têm dificultado a chegada das equipes ao local. O incêndio, batizado de "Carandazal", já consumiu cerca de 10 mil hectares de terras em diferentes propriedades rurais.

Bruno Rezende/Portal MS

Bombeiros combatem incêndios na região pantaneira

Bombeiros trabalham na região

As condições climáticas adversas também têm desafiado os bombeiros, com temperaturas que frequentemente ultrapassam os 30°C e ventos fortes de mais de 40 km/h no Pantanal. A tenente-coronel Tatiane Inoue, chefe do Centro de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros Militar de MS, explicou: "Neste período de estiagem, a vegetação está muito seca. Então, quando você tem essas condições climáticas de umidade relativa baixa, temperaturas elevadas e ventos fortes, a propagação do incêndio é rápida."

Para enfrentar o cenário desafiador, as equipes contam com um monitoramento integral. O Centro de Proteção Ambiental (CPA) em Campo Grande acompanha as ocorrências 24 horas por dia, utilizando imagens de satélite e drones para auxiliar no controle do fogo. O tenente Alexandre Araújo, engenheiro ambiental especialista do CPA, explicou o processo: "O satélite detecta temperatura acima de 47°C na superfície da terra, que é considerado foco de calor. A cada 10 minutos nós temos uma informação atualizada. Nós acompanhamos cada detecção e, a partir de cada uma, investigamos em qual propriedade se localiza aquele foco de calor e fazemos contato com o proprietário para saber a situação real na área."

A preocupação com os incêndios florestais levou à suspensão das autorizações ambientais para "queima controlada" até o final do ano, de acordo com o alerta publicado pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul). Isso significa que as equipes de bombeiros permanecem em estado de alerta, prontas para atuar em diferentes regiões do estado, como nos três casos atuais de combate a incêndios.

Divulgação/Corpo de Bombeiros

Bombeiros combatem incêndios na região pantaneira

Equipes combatem incêndios em três locais

A tecnologia tem desempenhado um papel fundamental nas operações de monitoramento e combate aos incêndios. O uso de drones e outras ferramentas contribui para a preservação do Pantanal e do Cerrado em Mato Grosso do Sul, ajudando a conter o avanço das chamas.

As ações coordenadas do Governo do Estado têm mostrado resultados positivos, com a redução nos focos de calor nos biomas do Estado. Segundo o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS (Cemtec), houve uma redução de 74,7% nos focos de calor entre 2021 e 2022, passando de 9.377 para 2.368 ocorrências.

Além disso, entre janeiro e 14 de agosto deste ano, a área queimada no Pantanal teve uma redução de 77,6% em relação a 2022. Esses resultados demonstram que as medidas de prevenção e a atuação das equipes de bombeiros estão fazendo a diferença na proteção desses preciosos ecossistemas.

A tenente-coronel Tatiane Inoue destacou o papel das políticas públicas, orientações à população e atividades de prevenção. "Mesmo não detectando incêndios, focos ativos, o Corpo de Bombeiros, desde maio, tem deslocado guarnições para trabalhar preventivamente no Pantanal, e demais biomas do Estado. Levando orientações de brigadas de combate a incêndios florestais, educação ambiental e orientação para os proprietários, comunidades locais e ribeirinhos", afirmou.

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