No município de Bonito, local onde foi atingido recentemente por incêndio florestal, o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul mantém o monitoramento. A equipe de especialistas atua para evitar novos focos de fogo. As chamas começaram no último dia 18 e dois focos foram controlados na quinta-feira (21), e o terceiro na sexta-feira (22), após cinco dias.
“Após cinco dias de combate ao incêndio florestal, as equipes conseguiram extinguir as chamas. Finalizamos os focos principais e controlamos o último para chegar na área que a gente queria. Na sexta-feira houve uma reignição que é normal, num incêndio, por conta das condições atmosféricas do meio do dia”, explicou a tenente-coronel chefe do Centro de Proteção Ambiental (CPA), Tatiane Inoue.
Os militares conseguiram fazer o combate direto, com apoio das aeronaves 'air tractor', usadas nas regiões de difícil acesso. Os aviões têm capacidade para transportar até três mil litros de água, cada um.
“Após termos extinto o foco principal, que nós estávamos trabalhando durante quatro dias, na sexta-feira (22) atuamos no foco secundário, mas estava de difícil acesso. E graças aos militares empenhados e todo suporte que tivemos, conseguimos fazer a extinção por completo dele também”, disse o capitão Diego Baumgardt, comandante da ação em Bonito.
No último sábado (23), o secretário da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, o diretor-presidente do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), André Borges, e o assessor bombeiro militar da Semadesc, tenente-coronel Leonardo Congro, fizeram um sobrevoo na área conhecida como “Banhado”, que foi atingida pelo fogo em Bonito. Devido às condições climáticas extremas, com baixa umidade relativa do ar e altas temperaturas, as chamas afetaram uma área de aproximadamente 500 hectares.
Atuação
Além da área no município de Bonito, 28 militares atuam na Operação Pantanal 2023-divididos em mais três equipes especialistas em combate a incêndios, também contam com auxílio do Sistema de Comando de Incidentes.
A guarnição direcionada à região de Coxim está no momento em combate a um incêndio florestal na região do Pantanal do Paiaguás.
As duas guarnições responsáveis pela área de Corumbá estão na região do Pantanal do Rio Negro há dois dias combatendo um incêndio em local de difícil acesso devido às lagoas presentes no local.
O Centro de Proteção Ambiental em Campo Grande é o responsável por monitorar os focos e direcionar as guarnições para os pontos mais sensíveis em que há necessidade de atuação dos militares do Corpo de Bombeiros.
Também existem focos ativos na terra indígena Kadiwéu, de responsabilidade do Prevfogo do Ibama, até agora sem acionamento do Corpo de Bombeiros para apoio.