Visando controlar e extinguir os incêndios florestais no Pantanal, o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul (CBMMS) trabalha de forma árdua. O trabalho está sendo realizado sem interrupção em diversas regiões pantaneiras do Estado.
Durante uma reunião entre os representantes do Centro de Proteção Ambiental (CPA) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), foi definida uma força-tarefa em conjunto para enfrentar a situação.
Além do clima desfavorável, com altas temperaturas, baixa umidade relativa do ar, muitos ventos e sem previsão de chuvas, o acesso aos locais em chamas é um dos principais problemas para os bombeiros.
O governo do Estado intensificou as ações na última terça-feira (14), voltadas ao controle das chamas. Aeronaves do Grupamento de Operações Aéreas (GOA), do Corpo de Bombeiros e da Coordenadoria Geral do Policiamento Aéreo (CGPA), da Polícia Militar, passaram a ser utilizadas para deslocamento das equipes para áreas críticas.
“Destaco algumas regiões, como do Paiaguás na divisa com o Mato Grosso. Essa área é extremamente difícil de acessar, de tal forma que os bombeiros militares que estão atuando, tiveram que ser levados pelo Grupamento de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros Militar do Mato Grosso do Sul”, afirmou a tenente-coronel Tatiane Inoue, chefe do CPA.
Outro ponto de atenção dos bombeiros é na região conhecida como Passo do Lontra. “Nessa região há o emprego massivo de militares, dada a proporção do incêndio, são muitas frentes do mesmo fogo, desde o dia que começou, já se estendeu por mais de 50 km de uma ponta a outra”, explicou a tenente-coronel dos Bombeiros.
Entre as áreas atendidas estão o Passo do Lontra (duas fazendas), Paiaguás (quatro fazendas), Rio Negro (duas fazendas), Aquidauana e Corumbá – em uma fazenda cada –, além do Nabileque – na área indígena Kadiwéu.
Emergência
O governo do Estado decretou situação de emergência nos municípios de Corumbá, Ladário, Miranda, Aquidauana e Porto Murtinho, atingidos pelos incêndios florestais em parques, áreas de proteção ambiental e áreas de preservação permanente nacionais, estaduais ou municipais.
O decreto, considerou o relatório elaborado pela equipe técnica do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec) e do CBMMS, que destacou aumento de 95% na área queimada do bioma Pantanal, em relação ao mesmo período de 2022, em Corumbá (74,8%), Aquidauana (12,8%) e Porto Murtinho (10%). Os três municípios concentram 97,6% dos focos de calor no Pantanal, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Com o decreto fica autorizada mobilização de todos os órgãos estaduais para atuarem, sob a coordenação da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (Cepdec/MS), nas ações de resposta ao desastre e reabilitação do cenário e reconstrução.