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Meio Ambiente Quarta-feira, 09 de Abril de 2025, 18:08 - A | A

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Estragos

Chuva de 92 mm causa estragos e agrava cratera em Coxim

Volume alto alivia rios da região, mas prejudica infraestrutura local

Viviane Freitas
Capital News

Entre terça (8) e quarta-feira (9), Coxim, no norte de Mato Grosso do Sul, registrou 92,2 milímetros de chuva, segundo o meteorologista Natálio Abrahão. A intensidade provocou alagamentos em vários pontos da cidade e agravou uma cratera na Avenida Mato Grosso do Sul, que teve as obras de manutenção suspensas pela prefeitura. A via foi interditada e os serviços paralisados até melhora nas condições climáticas.

O prefeito Edilson Magro e o secretário de Obras, Ivaldo Lopes, estiveram nos locais afetados e confirmaram a suspensão das obras. “As obras na avenida eram necessárias e estavam em andamento, mas, devido à chuva, tivemos que suspender temporariamente os serviços”, afirmou Ivaldo. Os bairros Jardim Alvorada, Piracema e a região central da cidade foram os mais atingidos, com água invadindo casas.

Apesar dos estragos, o volume de chuva traz um respiro ao cenário de estiagem que afeta o Rio Paraguai. O Rio Coxim, que abastece a Bacia do Taquari e o Pantanal, estava com níveis abaixo da média histórica nos meses anteriores. Ainda assim, o impacto positivo da chuva sobre o sistema hídrico deve ser observado com cautela, já que a crise hídrica em Mato Grosso do Sul é prolongada e complexa.

Nos últimos anos, a seca derrubou o transporte fluvial e afetou a mineração, atividade que registrou queda de 16,3% na arrecadação de royalties em 2024. Dados da Antaq mostram que o volume transportado pelo Rio Paraguai caiu de 7,91 milhões para 3,31 milhões de toneladas entre 2023 e 2024. A retomada dos embarques neste ano só começou em abril, e foi novamente interrompida antes do previsto.

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