Dados divulgados pelo Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram avanços significativos no combate ao desmatamento no Brasil. Entre agosto e novembro de 2024, o Pantanal teve uma queda de 77,2% no desmatamento em comparação ao mesmo período do ano anterior. No Cerrado, a redução foi de 57,2%.
Na Amazônia, os números também são positivos divulgados também nesta quarta-feira (18) . O desmatamento caiu para 6.288 km² no período de agosto de 2023 a julho de 2024, representando uma redução de 30,6% em relação ao mesmo intervalo do ano anterior e de 45,7% em comparação ao biênio anterior. Este é o menor índice registrado nos últimos nove anos.
Planos de ação e estratégias governamentais
Os resultados refletem a execução de planos estratégicos do Governo Federal, como o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Pantanal (PPPantanal) e o Plano da Caatinga (PPCaatinga), lançados durante a 4ª Reunião Ordinária da Comissão Interministerial Permanente de Prevenção e Controle do Desmatamento.
Segundo a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, o trabalho coordenado demonstra que os esforços para combater o desmatamento têm sido eficazes. “Os planos de prevenção e controle do desmatamento funcionam com proficiência, como mostram os nove meses consecutivos de queda no Cerrado”, destacou.
O vice-presidente Geraldo Alckmin também enfatizou a importância do combate ao desmatamento para alcançar metas climáticas. “Um hectare de floresta derrubado e queimado emite 300 toneladas de carbono. Combater o desmatamento é essencial para reduzir as emissões de gases de efeito estufa”, afirmou.
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Vice-presidente Geraldo Alckmin enfatizou a importância do combate ao desmatamento para alcançar metas climáticas
Com a inclusão do Pantanal e da Caatinga, quatro biomas brasileiros agora contam com planos específicos de ação para redução do desmatamento e queimadas. Iniciativas como o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm) e no Cerrado (PPCerrado) já estão em vigor. Ainda, planos para a Mata Atlântica e o Pampa serão lançados em fevereiro de 2025, após consultas públicas.
O PPPantanal, por exemplo, é composto por 13 objetivos estratégicos, 32 resultados esperados, 54 linhas de ação e 159 metas, formando uma estrutura robusta para preservar este importante bioma.
Os avanços registrados são um marco no enfrentamento do desmatamento no Brasil, consolidando estratégias de preservação e desenvolvimento sustentável para garantir a proteção dos biomas nacionais e contribuir com metas globais de redução das mudanças climáticas.