Mato Grosso do Sul foi o estado brasileiro que mais reduziu as emissões de gases de efeito estufa provenientes da frota de veículos leves em 2024. Segundo relatório do Observatório de Inovação e Conhecimento em Bioeconomia (OC-Bio), da Fundação Getulio Vargas (FGV), a queda de 6,6% foi impulsionada principalmente pelo aumento no consumo de etanol, biocombustível produzido localmente a partir da cana-de-açúcar e do milho.
O estudo indica que, sem o uso do etanol, as emissões teriam sido até 40% maiores no Estado. Para o governador Eduardo Riedel, a transição energética traz impactos positivos para o meio ambiente, mas também fortalece a economia. “Reduzir as emissões com fontes renováveis é promover desenvolvimento — o melhor programa social que pode existir”, afirmou, em evento internacional.
Mato Grosso do Sul conta atualmente com 22 usinas de bioenergia e cerca de 50 fornecedores de cana, gerando mais de 30 mil empregos diretos. Para 2025, a previsão é de crescimento na produção de etanol, com 4,7 bilhões de litros esperados, um aumento de 11% em relação ao ciclo anterior. Esse avanço é estimulado por políticas públicas como o MS Renovável e o Programa Estadual de Transição Energética.
O secretário Jaime Verruck, da Semadesc, destacou o papel do etanol na descarbonização da economia. “Tivemos um avanço significativo. É importante mostrar às pessoas o impacto positivo do etanol na geração de emprego, renda e sustentabilidade”, pontuou. Campanhas como “Movido pelo Agro” também ajudaram a ampliar o uso do combustível entre motoristas sul-mato-grossenses.