Joédson Alves/Agência Brasil

Fogo tem consumido diversas áreas e falta de chuva na região agrava o problema
A situação de incêndio no Pantanal segue preocupando as autoridades. Apenas em 16 dias de novembro, foram registrados mais de 3 mil focos no bioma, ultrapassando, com folga, o recorde histórico registrado para o mês desde 2002, com 2.328 registros, além do aumento que ultrapassa 1.400% no número de queimadas, segundo dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Para tentar conter o problema, 122 bombeiros militares do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul estão na região durante toda a semana, além de aviões e helicópteros para combate às chamas que atingem o bioma que são utilizados desde o início do mês. Os governos dos dois estados decretaram situação de emergência na região.
O tempo seco e a onda de calor favorecem o grande número de incêndios, que destroem a vegetação e a fauna. Na última quarta-feira (15), o fogo chegou a invadir a rodovia Transpantaneira. As chamas foram controladas pelas equipes de brigadistas e não alcançaram as casas.
A causa dos incêndios ainda está sob investigação. “Não foi possível esclarecer se todos os incêndios no Pantanal se iniciaram com um raio, uma descarga elétrica, ou não, como em 2020, quando muitos foram por crime ambiental, alguém botando fogo para destruir a vegetação”, disse o climatologista Carlos Nobre, pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo.
Reforço
Para tentar controlar as chamas, as equipes de brigadistas foram reforçadas. Atualmente, há mais de 300 servidores no combate aos incêndios no Pantanal, com o apoio de quatro aeronaves e veículos especiais de combate a incêndios.
O contingente foi reforçado recentemente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).