A parceria entre as Forças Armadas e o Bioparque oportunizou o grupo de pesquisadores do Bioparque Pantanal, Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e Universidade de Brasília (UNB) desbravarem locais de difícil acesso no Rio Paraguai e Paraguai-Mirim a bordo do navio Agência Escola Flutuante (AgEFlut) “Esperança do Pantanal”, da Marinha do Brasil.
Uma das novidades foi a coleta da piranha-queixuda, uma espécie que ainda não existe no complexo, o animal ficará em quarentena até ser inserida no circuito de aquários para contemplação. Conforme explicou o biólogo curador do Bioparque Pantanal, Heriberto Gimenzes o local pouco explorado foi um laboratório de estudos de comportamento de espécies, além da oportunidade da coleta.
“Nós viemos em busca de algumas espécies pra incorporar no plantel do bioparque, espécies que não se encontram nos aquários ainda, coletar material pra fazer estudos sobre a parte genética, sobre a parte de nutrição e incorporar material em coleção zoológica. Nós estamos num ambiente de águas cristalinas, muito preservado, então nós conseguimos fazer nossas pesquisas e estudar o comportamento dos peixes num ambiente natural”.
Foram cinco dias conhecendo um bioma único e fascinante, com várias características que o distinguem de outros ecossistemas, toda essa riqueza de detalhes possibilitou a coleta de animais e plantas que serão objetos de pesquisa e povoamento dos tanques do Bioparque.
O Bioparque Pantanal tem como um dos pilares a pesquisa, em razão disso a pesquisa científica no Pantanal desempenha um papel crucial na compreensão e preservação desse ecossistema único.
Diversas disciplinas científicas estão envolvidas, como por exemplo a biologia e os estudos de vida no Pantanal, incluindo levantamento de espécies de fauna e flora, identificação de novas espécies e monitoramento de populações.
As águas cristalinas em algumas áreas do Rio Paraguai-Mirim foi um espetáculo à parte. Peixes poucos avistados pela maioria das pessoas, como as arraias, mergulhavam de forma incrível, deixando a vista cada detalhe de seu corpo. O animal parecia não se importar com a presença humana, fazendo questão de ficar intacta ao ser fotógrafa.
“A expedição foi um marco para impulsionar a pesquisa científica, desempenhando um papel crucial na ampliação do entendimento da pesquisa local. Agradecemos a Marinha por ter proporcionado uma abertura para a exploração e compreensão mais profundada do funcionamento do bioma Pantanal”, frisa a diretora-geral do Bioparque Pantanal, Maria Fernanda Balestieri.