O governo estadual anunciou investimentos de R$ 426,3 milhões em monitoramento climático e prevenção de incêndios no Pantanal, dentro do Pacto Pantanal. O projeto prevê a instalação de estações meteorológicas em um raio de 50 km, além do uso de inteligência artificial para detecção rápida de focos de fogo. “Nós vamos colocar, além das torres, todo um sistema de monitoramento climático e de concentração dessas informações”, afirmou o secretário Jaime Verruck.
A tecnologia adotada é semelhante à usada pelo Instituto do Homem Pantaneiro (IHP), que monitora incêndios na Serra do Amolar por meio do sistema Pantera. “O governo [visa] ampliar [o monitoramento] para reduzir o tempo de resposta a horas, e não dias”, explicou o coronel Angelo Rabelo, presidente do IHP. Atualmente, cinco câmeras cobrem uma área de até 1 milhão de hectares em regiões remotas.
As previsões para 2025 são ainda mais preocupantes que as de 2024, quando o Pantanal sofreu com incêndios recordes. “Existe uma previsão de mais ondas de calor neste ano do que em anos anteriores. As áreas não estão inundando, o que aumenta o risco”, alertou André Lima, do Ministério do Meio Ambiente. Diante disso, os governos federal e estadual intensificaram ações preventivas e operacionais.
Foi decretada emergência ambiental por 180 dias em Mato Grosso do Sul, devido à crise hídrica e risco elevado de queimadas. “O decreto permite ordenar todas as ações de prevenção e combate aos incêndios florestais”, destacou Verruck. Além das novas estações, o governo projeta a instalação de 10 antenas para cobrir áreas críticas, como o Pantanal do Paiaguás, Nhecolândia, Abobral e Aquidauana.