A Prefeitura de Campo Grande está realizando uma pesquisa ativa para combater a transmissão da hepatite A, doença que havia sido eliminada da cidade há três anos, mas que voltou a ser registrada em 2024. O aumento de casos, que já somam 92 desde abril, pode estar relacionado ao consumo de alimentos ou água contaminados por fezes humanas. A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) está monitorando a situação e implementou uma busca ativa, com questionários enviados a pessoas infectadas para entender melhor o perfil dos pacientes e identificar a origem da contaminação.
Os questionários, enviados via WhatsApp, têm 53 perguntas objetivas e permitem que os pacientes respondam de forma anônima. A coleta de informações ajudará a identificar possíveis fontes de contágio e definir estratégias para interromper a cadeia de transmissão. Desde o início da ação, apenas 19 das 92 pessoas infectadas responderam ao questionário. A Sesau espera que, com mais respostas, seja possível traçar um plano de ação mais eficaz, incluindo a possibilidade de vacinação em áreas com maior incidência.
Além da coleta de dados, a Sesau também investigou a qualidade da água consumida na cidade, realizando 14 coletas em diferentes regiões. Os resultados mostraram que não houve contaminação por hepatite A na água da rede pública. A vacina contra a hepatite A, disponível para crianças a partir de 15 meses e para outras faixas etárias na rede pública e privada, é uma das principais formas de prevenção. Além disso, a Sesau recomenda o consumo de água tratada, a higiene adequada das mãos e cuidados com alimentos, como cozinhar bem os frutos do mar e evitar compartilhar objetos pessoais.