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Cotidiano Terça-feira, 05 de Novembro de 2019, 13:29 - A | A

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Senado

Setor ferroviário deve ser impulsionado com novo marco legal

Comissão de Infraestrutura do Senado deve votar projeto ainda essa semana

Rogério Vidmantas
Capital News

Divulgação

Azambuja discute com ANTT investimentos na malha ferroviária de MS

Cerca de 58% da malha ferroviária do país está abandonada ou subutilizada

Um novo marco legal das ferrovias deve ser votado ainda nesta semana pela Comissão de Infraestrutura do Senado. A iniciativa é de José Serra (PSDB-SP) com objetivo de desenvolver a malha ferroviária para o transporte de carga e passageiros. A proposta, se aprovada, autoriza como modalidade de outorga para a exploração de ferrovias pelo setor privado, além de reparcelamento do solo com a sociedade de proprietários de imóveis são novas estratégias apresentadas para o desenvolvimento do setor.

 

O relator do projeto na CI foi o senador Jean Raul Prates (PT-RN), que cita uma série de melhorias para o setor, como aumentar a oferta de infraestrutura ferroviária e reduzir custos logísticos. “O setor ferroviário do Brasil já vem crescendo bastante nos últimos dez, 15 anos. É uma necessidade do país. Há capacidade de investimento interna e externa para o setor ferroviário. No entanto, ele se ressentia de ter todos os instrumentos de que outros setores já dispõem, instrumentos regulatórios, instrumentos de outorga, que permitam esse investimento em diferentes níveis e em formas diferentes”, disse.

 

Se for aprovado pela CI, o projeto deverá passar ainda pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde terá decisão terminativa, ou seja, não deve passar pelo Plenário, a menos que haja recurso. Em seguida, o projeto segue para a Câmara.

 

Modelo americano

 

Segundo a União Internacional de Vias Ferroviárias, o Brasil ocupa a nona posição em extensão de linhas de trens, com mais de 30 mil quilômetros de malha. No entanto, em relação à qualidade da infraestrutura, segundo o Fórum Econômico Mundial, em 2018, o país está na 88ª posição entre 137 analisados. De acordo com dados do Ministério da Infraestrutura, dos 28,2 mil quilômetros da malha ferroviária em regime de concessão, 30,6% estão ociosos.

 

De acordo com José Serra, um modelo possível seria o utilizado nos Estados Unidos. “Manter a presença estatal nos segmentos onde ele seja realmente necessário, e, ao mesmo tempo, atrair investimentos privados para a construção da infraestrutura em regime de competição onde haja interesse do mercado”, explicou.

 

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