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Cotidiano Quarta-feira, 22 de Setembro de 2021, 10:51 - A | A

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Meio Ambiente

Situação climática intensifica combate aos incêndios no Pantanal

Mais de 500 pessoas e seis aeronaves atuam no combate às chamas

Lethycia Anjos
Capital News

Divulgação/Portal MS

Situação climática intensifica combate aos incêndios no Pantanal

Operação Hefesto

Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul está desde o dia 1° de junho intensificando as ações de combate aos incêndios florestais no Pantanal, por meio da Operação Hefesto, que nesta terça-feira (21) completou 81 dias, foi mobilizada uma das maiores forças-tarefas de combate e prevenção na região, ao todo 510 homens, 88 viaturas, seis aeronaves Air Tractors e helicópteros, atuam na operação com apoio da Marinha, Exército, Imasul, Defesa Civil, polícias civil e ambiental e prefeituras.

 

A operação é coordenada a partir de Corumbá, visto que a região pantaneira registra o com maior número de focos de calor de todos os anos. Conforme o Corpo de Bombeiros estadual, entre os fatores que contribuem para a incidência das queimadas está o cenário crítico ocasionado pela seca,  mais intensa do que em anos anteriores devido a crise hídrica, e a extensão territorial de Corumbá, que concentra 64 mil km², sendo o 11º maior município do Brasil. Vale ressaltar que a principal base operacional de prevenção e combate aos focos foi instalada em Corumbá.

 

Comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Hugo Djan Leite destaca que o clima atual propicia a ocorrência de incêndios. “Estamos combatendo os incêndios florestais com muito recurso operacional, contudo a situação é crítica por vários fatores: seca prolongada e intensa, crise hídrica severa e uma geada no meio do ano, que secou ainda mais a vegetação. Mesmo nestas condições extremas, estamos controlando os incêndios, os quais são em número menor do que nos dois últimos anos”, explicou.

 

Dados do relatório do Corpo de Bombeiros divulgado nesta terça-feira apontam que o número de focos de calor de janeiro a setembro de 2021 (3.150) é menor do que em 2019 (-30,89%) e em 2020 (-42,64%), no mesmo período, mesmo com o agravamento das condições climáticas. 

 

Em relação a área queimada, até o momento a extensão destruída compreende 778 mil hectares, o que também é inferior a 2019, quando foram queimados 801 mil hectares e 2020 com 956 mil hectares, 0,60% e 16,69%, respectivamente.

 

De acordo com o comandante do CBMS, as fortes rajadas de vento é outro ponto que favorece a propagação dos focos de calor. Contudo, segundo ele, o Governo do Estado tem investido na estruturação da corporação, foram contratados 500 horas/voo, para operacionalizar o combate aéreo, além de todo o efetivo dos bombeiros e equipamentos que atuam na linha de frente. “A Defesa Civil acaba de viabilizar a contratação de mais 900 horas/voo”, enfatizou.

 

Nos últimos dias a propagação do fogo se intensificou, em diversas regiões do Pantanal. Na região do Jatobazinho, norte de Corumbá, o combate é feito por uma equipe de 19 bombeiros.A sub-região do Nabileque, Sul de Corumbá, concentra o maior efetivo com 35 militares atuando fortemente para controlar os focos nas fazendas Santa Luzia e Pensamento. Trinta bombeiros combatem incêndio na Fazenda Santa Eulina, no Paiaguás. 

 

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