Em 2025, Mato Grosso do Sul deve avançar com importantes projetos logísticos, incluindo a relicitação da ferrovia Malha Oeste. O secretário de Meio Ambiente, Jaime Verruck, afirmou que até o meio do ano o governo espera novidades sobre a iniciativa, que é considerada essencial para o crescimento do estado.
Verruck comentou, em entrevista ao Bom Dia MS, que a relicitação da ferrovia, junto com a concessão da BR-163 e da Rota da Celulose, são peças-chave para o aumento do PIB de Mato Grosso do Sul. O estado projeta um crescimento de 6,86% para 2025, bem acima da média nacional de 2,4%.
Álvaro Rezende
Secretário Jaime Verruck
O secretário explicou que o crescimento será impulsionado por dois fatores: o equilíbrio fiscal do estado, que permite investimentos públicos, e os aportes privados, especialmente nas indústrias de celulose e proteína animal. O investimento público direto no estado está estimado em mais de R$ 2,6 bilhões.
A Malha Oeste, que tem 1.623 quilômetros de extensão, já foi aprovada em audiência pública pela ANTT e está em análise no TCU. A reativação da ferrovia é vista como crucial para evitar gargalos nas rodovias e garantir o crescimento contínuo do estado.
Além da Malha Oeste, a relicitação da BR-163 e das rodovias que compõem a "Rota da Celulose" também são prioridades. A licitação da Rota da Celulose está prevista para abril, e a da BR-163 também deve ser concluída no mesmo período. O investimento total na Malha Oeste, por meio da relicitação, pode chegar a R$ 18 bilhões ao longo de 60 anos.
Confira nota da ANTT sobre a Malha Oeste na íntegra:
"A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informa que o relatório da Audiência Pública citada foi aprovado. O documento prevê a requalificação completa da malha, o que tornaria o trecho 100% operacional, de Mairinque (SP) a Corumbá (MS). Ainda não há previsão para publicação do edital.
Em paralelo, foi protocolado requerimento de consenso no Tribunal de Contas da União (TCU), que segue em andamento sob sigilo. Por esse motivo, seguindo a orientação do TCU, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) não pode fornecer detalhes sobre o tema no momento."
