O projeto feito pelo Núcleo Multidisciplinar para a Inclusão e Acessibilidade da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) tem a ideia de ampliar o acesso de alunos e profissionais com deficiência ao mercado de trabalho.
O Núcleo pretende criar uma ponte, por meio de um aplicativo, entre estes profissionais e as empresas, não apenas para o cumprimento das cotas mas também para atender à necessidade do mercado quanto à qualificação profissional. O projeto conta com apoio da Associação Comercial e Empresarial de Dourados (Aced).
O professor doutor Leonardo Santos Cabral, que coordena o Núcleo Multidisciplinar da UFGD, esteve na Aced para divulgar o projeto e buscar apoio da instituição especialmente na desmistificação na contratação de profissionais com deficiência. “A ideia da plataforma é cadastrar, por um lado, nossos alunos e profissionais com deficiência e, de outro, as empresas interessadas. Com isto, este cruzamento de dados seria facilitado, ampliando o acesso destes profissionais ao mercado de trabalho”, explica Leonardo, ao citar que muitas empresas preferem pagar multa a contratar profissionais com alguma restrição física, mental ou cognitiva. “Muitos acham que será necessário adaptar o espaço físico ou ainda temem que este profissional limite a produtividade da empresa – o que é um mito”, garante.
A proposta ainda depende de aprovação pelo Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Para isto, o primeiro passo da universidade tem sido o mapeamento dos alunos com deficiência. Na visão do professor Leonardo Cabral, o principal desafio é esclarecer as empresas quanto às competências dos profissionais com deficiência.