Durante a Feira Internacional de Negócios, Processamento e Industrialização de Carne (Mercoagro), que acontece desde da última terça-feira (12), em Chapecó (SC) o Estado de Mato Grosso do Sul foi mencionado pela Nova Ferroeste, que vai permitir que o Estado seja um polo exportador de milho e soja para atender os produtores do Paraná, Santa Catarina e até o Rio Grande do Sul. As considerações foram feitas pelo assessor da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Lúcio Lagemann.
Lúcio representou o governo do Estado no evento. Durante a palestra "A Ampliação da Conexão Ferroviária pelo Mato Grosso do Sul", Lagemann citou que MS possui duas ferrovias: a Malha Norte, com 350 km e faz escoamento de boa parte da produção do nordeste do Estado, e a Malha Oeste, que tem 1.300km, mas está parada e, agora, foi incluída no PAC do governo Federal.
“Não tem outro meio de escoar produção a grandes distâncias que não seja por ferrovias. Quando fizemos o projeto percebemos que, além da redução do curso logístico, haverá crescimento econômico e social, com geração de emprego e renda para o Estado. A ferrovia deixa de ser um projeto só de ferrovia e passa a ser indutor econômico e de segurança para os próximos anos”, destaca Lagemann.
Lagemann detalhou que com a ferrovia, a ideia do MS, é aumentar o fluxo de cargas com destino ao Paraná e Santa Catarina. “Seremos um polo de fornecimento de soja e milho para o Paraná, Santa Catarina e até o Rio Grande do Sul. O que precisamos é de uma estrutura logística eficiente porque são produtos transportados em grande volume e que precisam chegar em tempo hábil”, disse.
O projeto da Nova Ferroeste é uma proposta do governo do Paraná que prevê a ligação por trilhos dos Estados do Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina. Com 1.567 km de extensão a nova malha terá um tronco principal de Maracaju a Paranaguá e dois ramais a partir de Cascavel para Foz do Iguaçu, na Tríplice Fronteira, e para Chapecó, no oeste catarinense.
O Estado de Mato Grosso do Sul planeja expandir a produtividade atual de 4 milhões de hectares plantadas para 6 milhões de hectares nos próximos oito anos. Ou seja, a Nova Ferroeste atenderá oferta e demanda.