A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) homologou nesta terça-feira (8) o reajuste anual nas tarifas da Energisa em Mato Grosso do Sul. Para os consumidores residenciais, o aumento será de apenas 0,56%, dentro do grupo de baixa tensão, que representa 99,63% dos clientes atendidos nos 74 municípios do estado. A nova tarifa já entra em vigor a partir desta terça-feira.
O reajuste médio para todos os consumidores da concessionária ficou em 1,33%. No caso dos grandes consumidores, do grupo A, que utilizam energia em média e alta tensão, o aumento médio chegou a 3,09%. O cálculo do reajuste considera uma cesta de custos que inclui encargos, compra e transporte de energia, além das despesas da distribuidora para levar o serviço até os consumidores finais.
O novo aumento acontece pelo segundo ano consecutivo abaixo da inflação. Em 2024, houve redução de 1,61% nas tarifas, enquanto o IPCA acumulado foi de 5,06%. Neste ano, a inflação foi de 5,48% e o IGP-M, que ainda é o índice de correção até o fim do atual contrato de concessão, chegou a 9,29%. A Energisa apontou que a maior pressão no reajuste atual vem das despesas operacionais, com impacto de 3,10%.
Nos últimos cinco anos, a empresa investiu R$ 3,5 bilhões no estado, e anunciou R$ 771 milhões em investimentos para 2025. A Energisa pretende renovar por mais 30 anos o contrato de concessão, que vence em 2027. Caso a renovação se concretize, o índice de reajuste passará a ser o IPCA, considerado mais estável. Em 2024, apesar do lucro de R$ 603,5 milhões, houve recuo de 0,88% em relação ao ano anterior.
