Com investimento de US$ 4,6 bilhões, o Projeto Sucuriú, da empresa chilena Arauco, marca um novo capítulo no desenvolvimento de Mato Grosso do Sul. A pedra fundamental da futura fábrica de celulose foi lançada nesta quarta-feira (9), em Inocência, com a presença do governador Eduardo Riedel e do presidente em exercício, Geraldo Alckmin. A planta terá capacidade de produzir 3,5 milhões de toneladas anuais de celulose de fibra curta e deve gerar até 14 mil empregos durante o pico das obras.
Saul Schramm/Governo MS
Governador Riedel destaca esse momento histórico para Inocência e também ao Mato Grosso do Sul
O vice-presidente da República Geraldo Alckmin esteve presente e reforçou o impacto nacional da obra. “Uma indústria que em sua produção 90% vai ser exportada para o mundo. O comércio exterior é o que mais gera empregos. Estamos desburocratizando e reduzindo custos para contribuir com este processo. O desenvolvimento gera empregos, renda e dignidade para a população”, declarou.
O governador destacou a importância do momento para o Estado. “Momento histórico não apenas para Inocência, mas também ao Mato Grosso do Sul. Toda esta região será impactada com este grande investimento privado. Lembro de quando fomos ao Chile, visitamos os empreendimentos e aprendemos a cultura deles. Lá se estabeleceu um compromisso e confiança para viabilizar o maior empreendimento privado nos dias de hoje", disse Riedel.
A unidade será instalada a cerca de 50 quilômetros do centro de Inocência, ocupando uma área de 3.500 hectares. O CEO da Arauco, Cristian Infante, afirmou que o projeto representa um marco na história da empresa. "O projeto Sucuriú é o maior investimento da história da Arauco. Ele nos projeta para o futuro com entusiasmo, já que Mato Grosso do Sul apresenta ambiente com condições favoráveis para o crescimento das florestas", pontuou.
Infante também elogiou a condução do Estado na atração do empreendimento. "O Estado mostra seriedade e profissionalismo, contrastando com a burocracia de outros lugares do mundo, que dificultam o desenvolvimento de novos negócios", afirmou, ressaltando ainda que Inocência será colocada em um “círculo virtuoso de prosperidade”.
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Vice-presidente da República Geraldo Alckmin e a Ministra Simone Tebet estiveram presente em Inocência
A Sul-Mato-Grossense Simone Tebet, Ministra do Planejamento, reforçou os impactos macroeconômicos do investimento. “Quando a gente fala em exportação e balança comercial superavitária, estamos falando em trazer mais dólares. Isso fortalece a nossa moeda e significa, inclusive lá na ponta, diminuir a inflação dos produtos e alimentos”, comentou.
Jaime Verruck, o projeto representa a consolidação de uma estratégia de longo prazo do Governo do Estado. “Mato Grosso do Sul surge como uma referência tanto em ambiente de negócios quanto em captação de investimentos, especialmente neste setor. O secretário da Semadesc, Verruck relembrou do esforço conjunto entre governos estaduais e o apoio técnico de diversas instituições. “A fábrica é a materialização de um trabalho construído a várias mãos, iniciado com o governador Reinaldo, estamos consolidando, de fato, o Vale da Celulose.”
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Nova fábrica da Arauco em Inocência terá capacidade para produzir 3,5 mi de toneladas
Carlos Altimiras, celebrou o início oficial da construção da fábrica como um marco para a companhia. “Esse trabalho começou em 2022, quando falamos sobre a possibilidade de fazer este investimento. Conseguir fazer uma fábrica no Brasil, país muito competitivo e com ótimas condições para negócios florestais, é um marco importantíssimo para a Arauco. Estamos no principal eixo de celulose do Brasil, isto nos permite construir a maior fábrica de celulose no mundo.”, finalizou Altimiras, diretor-presidente da Arauco Brasil.
Após o início da operação, previsto para o final de 2027, a fábrica deve manter cerca de 6 mil empregos diretos nas áreas industrial, florestal e logística. Além disso, a empresa anunciou R$ 85 milhões no Plano Estratégico Socioambiental (PES), voltado para melhorias em Inocência, enquanto o Governo do Estado soma mais de R$ 65 milhões em investimentos em infraestrutura, saúde, educação e qualificação profissional.
Além do impacto econômico, o compromisso ambiental também é prioridade. A unidade operará com sistema de produção fechado e gerará mais de 400 MW de energia, dos quais metade será excedente para o mercado. Haverá monitoramento da biodiversidade, mapeamento de áreas de preservação e ações de sustentabilidade que reforçam o papel de Mato Grosso do Sul como referência mundial na cadeia da celulose.
