O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de dezembro fechou em 0,48%, fazendo com que a inflação de 2024 somasse 4,77%. Esse índice é utilizado para calcular o reajuste anual de salários em diversas categorias de trabalhadores. O resultado foi divulgado nesta sexta-feira (10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e representa um aumento em relação ao INPC de 2023, que foi de 3,71%.
O aumento de 2024 foi puxado principalmente pelo grupo de alimentação e bebidas, que registrou alta de 7,60% nos últimos 12 meses, impactando a taxa geral com 1,83 ponto percentual. O segundo maior impacto foi no grupo de transportes, que teve uma alta de 3,77%, o que representou 0,74 ponto percentual no cálculo total da inflação.
Além do INPC, o IBGE também divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país. O IPCA de 2024 ficou em 4,83%, superando o limite máximo da meta de inflação do governo. Esse índice leva em conta o custo de vida das famílias com rendimentos de um a 40 salários mínimos.
A principal diferença entre o INPC e o IPCA é o perfil das famílias analisadas. Enquanto o IPCA abrange famílias com rendimentos mais elevados, o INPC foca em famílias com rendimentos até cinco salários mínimos. Além disso, o peso dos produtos e serviços é diferente: no INPC, alimentos e bebidas têm maior relevância, refletindo o maior gasto de famílias de baixa renda com esses itens.
Muitos sindicatos utilizam o INPC para calcular o reajuste anual dos salários de seus trabalhadores. O salário mínimo também é definido com base no INPC, mas considera o acumulado dos 12 meses encerrados em novembro. Esse valor é utilizado pelo governo para determinar o novo salário a ser aplicado já no início do ano.
