Sexta-feira, 19 de Setembro de 2008, 09h:08 -
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Com aumento de 5.000% no transporte de cargas, Aeroporto terá nova logística
Lucia Morel, com informações da assessoria - Capital News (www.capitalnews.com.br)
O aumento expressivo no potencial industrial de Mato Grosso do Sul de 2007 para cá fez o transporte de cargas no Aeroporto Internacional de Campo Grande saltar 5.000% em relação ao ano passado. O dado surpreendente foi apresentado ontem, durante reunião na Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), durante a criação da Câmara Permanente de Logística de MS. Nesse mesmo período o aumento no número de passageiros foi de apenas 13%.
De acordo com o superintendente da Infraero no Estado, Roberto Santos do Nascimento, que participou da reunião, esse aumento de 5.000% “se deu por causa das demandas industriais, principalmente das recém instaladas no parque de Três Lagoas, a IP (International Paper) e da VCP (Votorantim Celulose e Papel)”, ressaltou. O crescimento no transporte de cargas passou de 60,2 toneladas para 3.012,2 toneladas.
Para dar suporte a essa demanda que vem aumentado a Fiems começa ainda este mêsum levantamentos sobre o potencial importador e exportador das indústrias do Estado para que se possa traçar um perfil da capacidade de cada uma delas. “Queremos saber o porte destas indústrias, o volume de importações e exportações entre outros dados. Com base nestas informações, vamos distribuir todas as modalidades e os gargalos que impedem a melhoria da expansão industrial, com isso poderemos mensurar melhor os investimentos”, ressalta O presidente do Conselho Temático Permanente de Infra-estrutura (Coinfra) da Fiems, Kleber Recalde.
Essa pesquisa deve estar pronta dentro dos próximos três meses e conforme Recalde o maior problema enfrentado hoje pelo transporte de cargas em MS é a infra-estrutra deficitária, que acaba reduzindo o potencial de transporte das cargas. O superintende da Infraero afirma que atualmente as indústrias do Estado utilizam o transporte rodoviário para levar as cargas para portos e aeroportos de outros Estados e depois disso escoarem os produtos para seus devidos destinos, motivo que evidencia a necessidade de uma discussão séria sobre a logística alfandegária de cargas para a indústria do Estado. “Precisamos fazer com que este ICMS fique aqui no Estado e para isso precisamos oferecer logística adequadas para estas empresas”, disse.
A reunião entre Infraero e Fiems, que aconteceu ontem à tarde, também definiu a criação do Fórum Permanente de Logística, que se reunirá a cada três meses para debater questões da natureza logística para a produção e o escoamento de riquezas. Também será discutida a solução dos problemas e da sustentabilidade ambiental.
Também participaram da reunião o diretor corporativo da Fiems, Jaime Verruck, os superintendentes do IEL/MS, Bergson Amarilla, e do Sesi/MS, Maura Gabínio, e representantes do Sebrae, Prefeitura Municipal de Campo Grande, Receita Federal, funcionários da Infraero dos aeroportos de Ponta Porã, Dourados e Corumbá, além de executivos da empresa em Brasília (DF) e nas regiões Sul e Sudeste e representantes das companhias aéreas TAM, GOL e Oceanair.
Estrutura
No último dia 3 de setembro o governo, Aeronáutica e Infraero se reuniram para traçar os parâmetros que guiarão o projeto de ampliação e rezoneamento civil-militar do Aeroporto Internacional de Campo Grande e ficaram estabelecidas as áreas físicas para a atuação das corporações militares, os espaços destinados para terminais (cargas e passageiros) e as coordenadas das novas pistas de pouso.
O projeto de engenharia prevê duas novas pistas, radar, recolocação do batalhão de combate e prevenção a incêndios do corpo de Bombeiros e dos terminais de cargas e passageiros. Ao todo o aeroporto receberá incremento de 824 hectares em sua área total, cedidos totalmente pelo governo do Estado.