Edemir Rodrigues/Portal MS
Avicultura
Com 554 produtores, 2.098 aviários e geração de 50 mil empregos diretos principalmente na agricultura familiar, a avicultura de Mato Grosso do Sul produz 176,3 milhões de aves ao ano. No entanto, o setor quer apoio para elevar esta produtividade com qualidade e mais sustentabilidade.
Para isso, representantes do setor avícola apresentaram na terça-feira (15) ao secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio de Meio Ambiente, Produção e Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar), a proposta do Plano Estadual da Cadeia da Avicultura de Mato Grosso do Sul – Pró Aves.
O relatório foi elaborado pela Câmara Setorial de Avicultura e Estrutiocultura, que reúne os produtores de vários municípios, com o apoio da equipe da Superintendência de Pecuária da Semagro. O objetivo é fortalecimento da cadeia produtiva da avicultura de corte no Estado de Mato Grosso do Sul.
De acordo com o presidente da Associação dos Avicultores de Mato Grosso do Sul (Avimasul), Adroaldo Hoffmann, o Plano prevê a atração de novas indústrias, com foco no cooperativismo; produção alternativa de energia elétrica; manutenção e melhorias das estradas; fortalecimento do associativismo; mais emprego e renda e um dos principais itens que é a criação de um subprograma para concessão de incentivos financeiros.
Em contrapartida o Governo concederia incentivos financeiros, para reinvestimento dos produtores na produção.
Para isso, o avicultor terá que seguir alguns parâmetros como aplicar tecnologias que promovam a sustentabilidade econômica, social e ambiental no sistema produtivo; dispor de energia renovável (ex: solar, biomassa, etc) em substituição a energia regular, fornecida pelas concessionárias/cooperativas; aplicar regras e conceitos de boas práticas agropecuárias, especialmente nas questões de biossegurança, e bem-estar animal; possuir arco sanitário, para veículos, caso os mesmos tenham que adentrar (área interna) às instalações; dispor de ferramenta informatizada de gerenciamento zootécnico, sanitário, econômico e financeiro, do estabelecimento avícola; dispor de programas de capacitação e treinamentos para os colaboradores da granja, quanto aos aspectos de manejo, ambientais, sociais, sanitários e trabalhistas.
O secretário elogiou a iniciativa do Plano e destacou que as reivindicações serão avaliadas pela Semagro e demais órgãos do Governo.
Ele reforçou que, neste momento, o Estado, por determinação do Conselho e Política Fazendária, (Confaz) não pode criar novos programas de incentivos tributários. Mesmo assim, a superintendência de Indústria, Comércio e Serviços da secretaria está buscando meios de validar o programa.
Kelly Ventorim/Semagro
Jaime Verruck - Semagro
“Vamos buscar meios de viabilizar o Plano até porque a manutenção das famílias atuando nas propriedades dentro da agricultura familiar é muito importante do ponto de vista social e de sustentabilidade. Programas como este podem ajudar a manter a produção na mão das famílias e ter sucessores dentro das propriedades”, enfatizou o titular da Semagro.
Receptividade
O produtor rural lembrou que hoje a avicultura tem um alto custo de produção por conta do preço dos grãos, o fornecimento instável de energia elétrica nos aviários, e a falta da qualificação de mão de obra no setor são os maiores entraves.
Por isso Hoffmann destacou que o Plano pode dar mais ânimo a um setor que movimenta inúmeros empregos e é força motriz na agricultura familiar.
Adroaldo Hoffmann
“Hoje o produtor tá na zona de conforto, mas na hora que vislumbrar este acesso ao crédito, vai arrumar as estruturas, investir numa produção mais sustentável, Isso vai animar o produtor a produzir com menor consumo de ração e qualidade superior de carçaça. O Plano trará benefícios ao Governo do Estado que poderá ampliar o mercado e para o produtor que terá mais ganhos na atividade” acrescentou.
