Interditado pelo promotor Antônio André, da 25ª Promotoria do Ministério Público Estadual (MPE), o estádio do Morenão, em Campo Grande, precisará de uma verba no valor de R$ 2,5 milhões para reabrir em grande estilo os seus portões que hoje se encontram literalmente fechados.
Inaugurado no dia 7 de março de 1971, com a partida entre Flamengo e Corínthians, o Estádio Pedro Pedrossian, o Morenão,foi construído para o futebol sul-mato-grossense e deverá ficar interditado por um prazo preliminar de quatro a seis meses.
O estádio que já foi classificado entre os dez melhores do país, está com os seus portões fechados e com os seus dias incertos para a prática do futebol, que é a sua finalidade maior.
A informação quanto à interdição do Morenão foi repassada pelo vice-presidente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, Marco Antônio Tavares é desconhecida pelo Coordenador de Operações da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), professor João Jair Sartorello.
OBRAS
De acordo com as informações repassadas à reportagem do Capital News, pelo vice-presidente da FFMS Marco Antônio Tavares, quando o Morenão foi construído, não eram exigidas as rampas de acessibilidade, o que se tornou uma obrigação em todos os estádios.
Em dias de jogos no Morenão, os cadeirantes entram pelo portão que dá acesso à pista do estádio e é o único lugar que eles têm para acompanhar os jogos.
Outro ponto citado no despacho do Procurador do Ministério Público foi o combate aos morcegos existentes principalmente na chamada “arquibancada coberta”, que está proliferado com uma população de aproximadamente 30 mil animais mamíferos, cujas fezes podem fazer mal à saúde.
Ainda de acordo com as informações de Tavares, as estruturas das marquises estão todas comprometidas e deverão ser refeitas.
Com essas obras citadas por ele e mais o combate ao morcego, além de outras que ele não soube precisar, o investimento inicial é em torno de R$ 1 milhão.
FORÇA TAREFA
Como o Laudo Técnico de Engenharia foi feito pelos professores da instituição, uma “força tarefa” deverá ser criada para reavaliação das exigências feitas pelo MPE e ainda conforme Tavares, o prazo para a elaboração dos documentos pode ser no período de quatro a seis meses.
TORRES DE IILUMINAÇÃO
Além de fechar as portas para o futebol sul-mato-grossense, o Morenão também esta vetado para os jogos noturnos, pois as torres hoje existentes não atendem mais as exigências atuais e conforme o laudo, além de serem altas demais estão muito afastadas do gramado.
No laudo foi recomendado o rebaixamento das quatro torres, a construção de duas estruturas sendo uma sobre a marquise existente na arquibancada coberta e a outra, a ser construída entre as duas torres existentes na arquibancada descoberta.
Para dotar o estádio Morenão com as novas exigências, as obras para a melhoria na iluminação foram orçadas em R$ 1,5 milhão.
O MPE também recomendou uma “maquiagem” em redor do estádio, pois o mesmo está um tanto “fusco”.
“Vamos lançar uma campanha para tentar arrecadar tintas para pintá-lo e dar uma nova roupagem e fazer uma maquiagem nele pra voltar a ficar bonito”, disse Tavares.

Marcos Tavares, vice-presidente da FFMS
Foto: A. Ramos/Arquivo Capital News
UFMS
Por outro lado, as informações repassadas pelo vice-presidente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), Marco Antônio Tavares, foram negadas pelo Coordenador de Operações da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), professor João Jair Sartorello que alegou desconhecimento do assunto.
“Eu não intrometo na Federação como ele pode falar disso? Cadê a autorização da UFMS?", interrogou Sartorello.
“Desconheço. Não recebi nenhum documento do MPE sobre interdição do estádio e decisão se acata”, disse Sartorello que em seguida emendou: “O Morenão acata as recomendações dos órgãos públicos e encaminha para as providências”, disse.
Entretanto, João Jair reconhece a necessidade de algumas melhorias nas estruturas do estádio, e concordou com alguns pontos repassados por Tavares. "Tem que fazer um teste nas estruturas, pintar a face interna das marquises, retirada das grelhas, onde ficam os morcegos. Isso já foi encaminhado para os órgãos competentes”, afirmou Sartorello.
Ao ser questionado sobre o tempo de duração da interdição do estádio se será de quatro a seis meses, o professor João Jair disse, “não posso afirmar. Seria muita leviandade da minha parte falar se vai ou não funcionar”, finalizou.
antonio rocha 17/10/2014
incompetência; única palavra certa pra esta situação, ma administração pois a FFMS só lembra desses assuntos quando , a casa já foi fechada tudo funciona assim como se o futebol começasse a cada inicio de uma competição, passamos a maior parte do ano sem futebol algum e quando vai começar problemas & problemas, FFMS omissa desobrigada em resolver qualquer problemas de Clubes , e Competições ( mas verbas de registros de atletas, multas e etc ) isso sim é atendido de pronto cada vez mais nosso sonho de ver um time de MS no Brasileiro, se torna um pesadelo <<<<0>>>>>
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