Na condição de convidado, o presidente do Operário Futebol Clube, Estevão Petrallás, participou nesta terça-feira (12), à tarde da audiência pública, no Senado Federal, onde foi debatida a Medida Provisória 671, conhecida como a MP do Futebol. Na ocasião participaram os representantes dos Clubes das Séries A e D, do Campeonato Brasileiro, sendo que no caso especifico do único representante do Estado, o dirigente argumentou que foi convidado na condição de clube em ascensão à Série D.
Divulgação / Ana Volpe/Agência Senado

Participam do debate sobre a MP do Futebol o relator da MP, deputado Otávio Leite; o presidente eventual da comissão, deputado Jovair Arantes; o presidente do Operário, Estevão Petrallas; e o presidente do Atlético Mineiro, Daniel Neopomuceno entre outros
Em entrevista concedida ao Capital News, Estevão Petrallás, adiantou que da forma que a referida medida foi colocada para a apreciação dos dirigentes dos clubes, dificilmente a mesma será aceita em função da mistura dos mais variados assuntos, evidenciado que a intenção apresentada pelo Governo Federal não está bem clara.
Petrallas, na qualidade de presidente do Operário, foi o primeiro dos dirigentes a fazer o uso da palavra e de imediato, manifestou ser contrário ao atual texto da MP do futebol, tanto que ele definiu o mesmo como “monstrengo”.
“Eu defini como “monstrengo”! pelo fato de a medida provisória do futebol, misturar vários assuntos e com isso as intenções (do Governo Federal) não ficaram claras. A da forma em que a M. P. foi apresentada, misturou tudo e ficou longe daquilo que na verdade os clubes precisam”, disse o Presidente do Operário.
Uma das falhas apontadas por Petrallas foi quanto à obrigatoriedade apresentada através da MP a respeito da obrigatoriedade dos clubes em, a partir do momento da publicação, investir no futebol feminino. “Isso é impossível. Não existem campeonatos e além dessa obrigação existem outras como as contrapartidas dos clubes”, afirmou.
Ainda na entrevista concedida ao Capital News, Estevão citou também entre outros quesitos exigidos na redação oficial da MP, a administração do futebol seja feita por uma Liga, determinação essa que vai contra o que determina as leis da CBF.
O dirigente alvinegro lembrou ainda do trabalho social que os clubes realizam e “por isso merecem um melhor tratamento”, pontuou. “A matéria é muito complexa e o assunto foi inserido com outras intenções”, sentenciou adiante.
Sendo o primeiro a usar a tribuna, Estevão Petrallas logo manifestou o de descontentamento e deixou claro que diante daquilo que foi apresentado, o Clube alvinegro não assinaria a MP e em seguida, os demais dirigentes seguiram a posição do operariano.
De acordo com a programação, nesta quarta-feira (13), á tarde, será a vez dos dirigentes dos clubes das Séries B e C se reunirem com os Senadores.
Após a reunião desta tarde, segundo Petrallas, o próximo passo será o Senado acatar as sugestões apresentadas pelos dirigentes e representantes dos Clubes e encaminhar as mesmas ao Governo Federal, para que a MP seja revista e depois e depois aprovada.
“Os parlamentares se surpreenderam com o movimento dos clubes, mas eu acho que mesmo assim, o Governo (Federal) tentará enfiar de goela abaixo”, finalizou Petrallás.