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Interior Quinta-feira, 10 de Julho de 2008, 16:08 - A | A

Quinta-feira, 10 de Julho de 2008, 16h:08 - A | A

Ahipar prevê nível do rio Paraguai em 30 dias

Da Redação- (DA)

O Ministério dos Transportes, por meio da Ahipar (Administração da Hidrovia do Paraguai) está retomando um projeto essencial para a navegação e aos pantaneiros, o modelo matemático. O sistema acompanha o regime hidrológico do Rio Paraguai e disponibiliza a previsão de níveis com antecedência de até 30 dias.

Todo o trecho brasileiro da Hidrovia do Paraguai (1.227 km), de Cáceres (MT) ao Apa (MS), será monitorado em tempo real. As estações, num total de 31, abrangem também os principais afluentes da bacia pantaneira, como os rios Cuiabá, São Lourenço e Miranda.

O modelo matemático vem sendo implementado na hidrovia desde 1998, mas somente em 2001, na administração do atual superintendente engenheiro Antonio Paulo de Barros Leite, os serviços de implantação das estações telemétricas foram contratados.

Ao reassumir a direção da Ahipar, em abril deste ano, Antonio Paulo incluiu o projeto, que estava paralisado, como uma das prioridades da sua gestão. Com autorização do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit), via Diretoria de Infra-estrutura Aquaviária, o sistema está sendo revisado para operar com eficiência em 2009.

Monitoramento

O trabalho de campo para aferição, restauro ou substituição dos equipamentos foi iniciado em junho deste ano. Os ajustes finais exigem o acompanhamento de todo um ciclo hidrológico da bacia.

“Os dados fornecidos pelas estações de níveis e vazão dos rios com base em precipitações pluviométricas serão processados e monitorados por uma central na sede da Ahipar”, explicou o superintendente.

Ele adiantou que a maioria das estações está instalada na área ribeirinha ao longo do Rio Paraguai, o que exige apoio dos moradores na guarda dos equipamentos, que são sensíveis.

Maior segurança

Responsável pela coordenação do trabalho de calibragem e reimplantação das estações, o superintendente-substituto e chefe do Núcleo de Obras e Melhoramentos da Ahipar, Samuel Van Der Laan, informou que o sistema é de fundamental importância para a navegação na hidrovia.

As medições enviadas via satélite têm margem de erro de no máximo cinco centímetros em relação a previsão de níveis da água. O modelo matemático tem capacidade para disponibilizar outras informações, como temperatura e pressão do ar, essenciais para a aviação.

“Sabendo a profundidade do rio e seu comportamento nos próximos 30 dias – observou Van Der Laan –, os armadores podem otimizar seus comboios aumentando cargas e, com isso, a operação se torna mais econômica”.

Segundo o chefe do núcleo, o sistema garantirá maior competitividade e segurança ao transporte fluvial e fornecerá dados aos fazendeiros em relação às cheias periódicas no Pantanal, com margem de segurança para movimentação do gado. (Com informações Rmtonline, Ahipar)

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