“Despacho” em encruzilhada chama a atenção de moradores no interior

Maikon Leal/Coxim Agora

No caixão, os policiais encontraram uma galinha preta, morta, camiseta, vários sapos e um pedaço de papel com um nome escrito

Em época de crise, seja ela qual for, tudo ou quase tudo é válido. Para manter o emprego, afastar os maus olhados, para resgatar o “grande” amor ou até mesmo para ir à forra do desafeto.

No entanto, nenhuma das alternativas acima foi demonstrada pelos moradores do bairro Jorge Ritt, em Coxim, região norte do Estado e distante da Capital a pouco mais de 250 quilômetros.

A cena até certo ponto inusitada aconteceu neta terça-feira (1º) na “encruzilhada” das Ruas Êxodo com a Antúrio, onde os moradores presenciaram uma cena macabra.

Na referida “encruzilhada” os moradores descobriram um “trabalho de macumba”, com a oferenda feita através de um despacho feito em um caixão de criança, a galinha preta que não poderia faltar, vários sapos vivos, velas pretas e vermelhas, uma camiseta e em um pedaço de papel, o nome de um homem.

“Assustados com a cena até então inusitada, os moradores erroneamente, ao invés de acionarem os “pais” ou mães” de santo, chamaram a Polícia Civil e a Militar e até mesmo uma guarnição do Corpo de Bombeiros esteve no local, um terreno baldio, que por si só, já causava arrepios aos curiosos.

No local, os policiais, que em momento algum podem ou devem demonstrar “medo” tiveam que usar as mãos, mas desta feita para abrirem o caixão, que na tampa ostentava as velas nas cores vermelha e preta.

Não se sabe quando o “despacho” foi feito, mesmo porque, terça-feira, não é, conforme o candomblé, um dia (ou noite) ideal para fazer despachos. Essas atividades ou devoção devem ser feitas as segundas, quartas ou sextas-feiras, sendo a última, a mais “recomendada” pelos orixás.

Diante do fato, algumas pessoas demonstravam um misto de susto e espanto, enquanto que os mais céticos, apenas riam da cena inusitada.

Nome escrito
Após ter aberto o caixão, os policiais – com todos curiosos “    em cima – não encontraram nenhuma irregularidade e apenas viram que no mesmo havia uma galinha preta morta, os sapos, mais de uma dezena, vivos a camiseta e em um pedaço de papel, o nome de Alex Sandro Ferreira Barbosa.

No primeiro momento, o nome da pessoa é desconhecido, mas por se tratar de uma cidade de porte médio, logo o mesmo será notificado como famoso: “eu vi seu nome escrito”.

A partir de agora, Alex Sandro Ferreira Barbosa será mais obervado pelos outros, pois, caso ele sinta algum mal estar, ficará evidenciado que o feitiço existe. Do contrário, se nada acontecer, ficará também provado que, o feitiço pode virar contra o feiticeiro

Com certa dose de ceticismo, os moradores retiraram a galinha e os sapos de dentro do caixão e em seguida, com o aval dos policiais, colocaram fogo no caixão, que segundo o site Coxim Agora, de acordo com as informações colhidas junto a uma funerária, o valor do mesmo, dependendo da “qualidade”, oscila entre R$ 800 a R$ 1 mil.