Sexta-feira, 12 de Setembro de 2008, 09h:28 -
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Fronteira com a Bolívia está fechada
Da redação (LM)
A fronteira do Brasil com a Bolívia está fechada desde a zero hora dessa quinta-feira. Manifestantes do Comitê Cívico Arroyo Concepción, contrários à política econômica do presidente boliviano Evo Morales, pretendem fechar a fronteira por 72 horas. Caso não tenham suas reivindicações atendidas ameaçam cortar o fornecimento de gás ao Brasil, decretando autonomia distrital.
Essa decisão foi tomada no final da tarde de ontem (11), após uma reunião entre os líderes do movimento , autoridades e instituições da 2ª Sessão Municipal de Puerto Quijarro. A primeira medida foi bloquear novamente a ponta da carreteira (estrada de acesso a Santa Cruz de La Sierra) que havia sido liberada para diminuir a fila de caminhões e evitar maiores prejuízos a economia local. Entretanto, o grupo negociou com comerciantes e empresas privadas que optaram pela paralisação total a e, partir de hoje bancos fecham as portas, assim como a Zona Franca de Puerto Aguirre , a ferrovia, rodovia e aeroporto, cuja única aeronave a aterrissar ontem, trouxe até Puerto Suarez um corpo para sepultamento, mas, ainda assim com autorização de Santa cruz, pois o Exército faz a segurança do locam impedindo ações terroristas.
Para os moradores desta região que compreende a Província German Busch (Arroyo Concepcion, Puerto Suarez, Puerto Quijarro, Mutun e El Carmen) a situação é irreversível e enfrentamento já é esperado, assim como outras ações mais rigorosas. A Presidente do Comitê Cívico de Arroyo Concepcion Maribel Toledo disse que se Evo der uma contra ordem ao Exército, as famílias irão retirar os filhos das Forças Armadas, “ninguém quer um mar de sangue. Vamos nos proteger”. Ela salientou que movimento ganhou força e apesar dos prejuízos estão dispostos a pagar o preço, “se nossos irmãos estão sofrendo em outros departamentos por causa da liberdade, e da democracia, então vamos sofrer juntos. Não vamos cruzar os braços ou lavar as mãos. Nesta luta não há Camba, Colha ou Índio existem vidas que precisam ser respeitadas”.
Entre as medidas drásticas que serão tomadas pelo grupo a autonomia é o passo mais próximo do protesto nesta faixa de fronteira, “a partir da próxima semana faremos nossas próprias leis”. O prédio da Aduana e da Migración amanheceram coberto de cartazes rechaçando o presidente Evo Morales. A partir de hoje ninguém entra ou sai da Bolívia.
Estopim
O objetivo dos manifestantes é protestar contra o projeto de uma nova Constituição, aprovado por parlamentares governistas em novembro, que Evo pretende referendar em votação em dezembro. Os manifestantes exigem ainda a restituição de parcela do imposto sobre gás e petróleo, que era repassada para os governos, mas foi confiscada pelo governo para financiar uma pensão nacional para idosos. (Com informações da Capital do Pantanal)