Quinta-feira, 26 de Junho de 2008, 14h:29 -
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Brasil pode dobrar produção recuperando áreas degradadas
Da Redação- (DA)
Diretor do programa de Secretaria de Desenvolvimento Agrário e Cooperativismo do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o engenheiro agronômo Heliton José da Rocha, ministrou a palestra "Programas públicos para o Crédito de Carbono no Brasil", durante o Seminário de Sequestro de Carbono. O evento acontece no Plenário Júlio Maia, do Palácio Guaicurus, sede do legislativo estadual.
Ele destacou que a missão do órgão é o desenvolvimento sustentável do agronegócio. Atualmente, como gigante da produção de grãos, o Brasil dispõe de aproximadamente 60 milhões de hectares. Existem 100 milhões de hectares de áreas degradadas. Somente com a recuperação de metade, o País poderia dobrar a área para a produção de alimentos, de 60 para 110 milhões de hectares. Parte também poderá ser usada para a produção de energia.
Esta é uma alternativa ao avanço da produção de grãos sobre as florestas. Rocha destacou que a degradação de áreas de pastagens e desmatamentos é reflexo de vários erros governamentais nas última décadas, como o fomento ao desenvolvimento de novas regiões agrícolas e aos padrões elevados dos índices de produtividade para o imóvel não ser destinado à reforma agrária.
O engenheiro citou que as prioridades do Mapa são a redução das queimadas e desmatamentos e recuperação de áreas degradadas, entre outros. Um dos exemplos para a obtenção de créditos de carbonos é o sistema orgânico de produção. Outra alternativa é a produção integrada de sistema agropecuária em microbacias, como o realizado como projeto piloto em São Gabriel do Oeste, em Mato Grosso do Sul, para recuperar o Rio Taquari, classificado pelo palestrante como "drama nacional".
Dos 1,5 mil projetos para a obtenção de créditos de carbono, o Brasil conta com 221. O ranking mundial é liderado pela Índia e China. O setor com grande potencial, segundo Heliton José Rocha, é o de silvicultura. Existem 6 milhões de hectares plantados no Brasil. No ano passado, esta área teve investimento de R$ 573 milhões.(Com Assessoria)