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Polícia Quarta-feira, 12 de Fevereiro de 2025, 13:41 - A | A

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Assassinato

Casal encomenda assassinato de motorista de van por R$ 30 mil em disputa comercial

Emerson Medeiros e Mara Isabel contrataram ex-policial e Mister MS para matar Valdinei Marcos, após desentendimento em sociedade no transporte de turistas; ambos foram presos

Viviane Freitas
Capital News

A morte do motorista de van Valdinei Marcos da Silva foi encomendada por R$ 30 mil pelo casal Emerson Medeiros Ribeiro, de 48 anos, e Mara Isabel de Almeida Lara Medeiros, de 49 anos. Na tarde de terça-feira (11), as autoridades cumpriram mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra os dois. As ações foram realizadas pelas equipes das delegacias de Jardim e Amambai.

A Polícia Civil revelou que o crime foi motivado por disputas comerciais entre Valdinei e Emerson, ex-sócios. O casal contratou o ex-policial José Adão Correa e Alexandre Lanzoni, conhecido como Mister MS, para executar o homicídio. A investigação apontou que Emerson e Mara estavam ameaçando Valdinei e seus familiares, o que intensificou a rivalidade entre as partes envolvidas.

O conflito começou em novembro de 2024, quando Valdinei decidiu romper a sociedade com Emerson após perceber que estava sendo pago a menos do que o combinado. Com a separação, surgiu uma disputa acirrada pelos clientes do setor de transporte turístico. Testemunhas disseram que Emerson chegou a ameaçar Valdinei publicamente e, além disso, rumores indicavam que Mara havia contratado alguém para matar o motorista.

O casal foi preso em sua residência em Amambai, a 351 quilômetros de Campo Grande, e outros dois endereços ligados a eles foram alvo de buscas: uma casa e uma empresa. A investigação continua sendo conduzida pela 1ª Delegacia de Polícia Civil de Jardim.

A execução ocorreu enquanto Valdinei dirigia a van, com uma passageira de 77 anos a bordo. Segundo testemunhas, Valdinei tentou reagir ao ataque, mas foi atingido por quatro disparos na cabeça. Próximo ao veículo, foram encontrados cartuchos deflagrados de calibre 12. Durante a prisão de Alexandre e José Adão, ambos trocaram acusações sobre quem disparou, mas concordaram que o crime aconteceu enquanto a van ainda estava em movimento. Na casa de Alexandre, a polícia apreendeu uma pistola 9mm, duas carabinas e várias munições.

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