Desde o início de 2024, 30 mulheres foram vítimas de feminicídio em Mato Grosso do Sul, número que iguala o total de mortes registradas ao longo de todo o ano passado. Isso significa que, a cada 11 dias, uma mulher foi assassinada apenas pelo fato de ser mulher. O primeiro caso deste ano aconteceu em Sidrolândia, em 3 de janeiro, e o último foi registrado em 25 de novembro, com o assassinato de Vanessa de Souza Amâncio em Selvíria.
A data de 25 de novembro é marcada mundialmente como o Dia de Eliminação da Violência contra a Mulher. Criada em 2008, essa data tem como objetivo conscientizar sobre a violência física, psicológica, sexual e social enfrentada pelas mulheres. Apesar de avanços na legislação e na criação de redes de apoio, a violência ainda é um reflexo do machismo enraizado na sociedade.
Em Mato Grosso do Sul, até novembro de 2024, 17.872 mulheres foram vítimas de violência doméstica, o que representa mais de 1.600 casos por mês. Embora os números mostrem que houve um aumento nas medidas de proteção e conscientização, como o fortalecimento da legislação e a criação de serviços de apoio, ainda há um longo caminho a ser percorrido para erradicar a violência contra a mulher.
Para ajudar a combater essa violência, o Brasil possui uma rede de apoio, com destaque para o Ligue 180, que oferece informações para romper o ciclo de violência. Além disso, em Campo Grande, a Casa da Mulher Brasileira centraliza diversos serviços de apoio, como a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, equipes psicossociais, e serviços de saúde e justiça, tudo em um único local.