O Ibama e o Ministério Público estão fiscalizando o atrativo Praia da Figueira, na zona rural de Bonito (MS), após 14 banhistas serem mordidos por peixes entre janeiro e março deste ano. Os incidentes ocorreram em um lago artificial e levaram os órgãos a investigar se há espécies exóticas no local. Uma equipe com quatro agentes e um biólogo esteve no atrativo na terça-feira (15) para coletar informações.
Durante a vistoria, os fiscais usaram drones e chegaram a mergulhar para identificar os peixes. Segundo o Ibama, os ataques podem ter sido causados por espécies amazônicas como tambaqui, tambacu ou pacus grandes, que têm dentes fortes e hábitos alimentares que favorecem esse tipo de ocorrência. A introdução dessas espécies é proibida, pois podem desequilibrar o ecossistema e competir com peixes nativos.
O atrativo foi parcialmente interditado em março pelo Imasul, sendo liberado após a instalação de grades para separar os peixes maiores da área de banho. Segundo o gerente do local, Alex Kossmann, os peixes não foram introduzidos pela empresa e os ataques ocorreram principalmente quando visitantes alimentaram os animais, o que é proibido. Ele afirma que o local recebeu mais de 26 mil turistas em três meses.
Se o Ibama confirmar a presença de espécies exóticas sem autorização, o atrativo poderá sofrer sanções, como multa e exigência de retirada dos peixes. O Ministério Público acompanha o caso e pode pedir o fechamento do local. Um laudo técnico com os resultados da vistoria deve ser divulgado em até 20 dias.