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Polícia Terça-feira, 19 de Novembro de 2024, 10:15 - A | A

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Nioaque

Pedreiro é indiciado por morte e ocultação de cadáver de servidora

Objetos pessoais da vítima estavam na residência do autor

Elaine Oliveira
Capital News

A polícia indiciou um pedreiro, de 49 anos, nesta segunda-feira (18), pela morte e ocultação
de cadáver da servidora pública aposentada Leiza de Ávila Ferraz, de 59 anos, em Nioaque.

No dia 2 de outubro, familiares da vítima foram até a delegacia para noticiar o desparecimento da servidora pública aposentada. De acordo com as informações da Polícia Civil, os familiares, a haviam mantido contato com Leiza foi no dia 01 de outubro, através de mensagens via whatsapp, cujo teor dizia que teria ido a Campo Grande com um amigo. Desde então, nem as mensagens e nem ligações feitas a ela estavam sendo completadas.

As investigações apontaram que no local os objetos pessoais de Leiza, como óculos de grau, documentos pessoais e cartões bancários, estavam em sua residência, exceto seu aparelho celular. 

Divulgação/PCMS

Pedreiro é indiciado por morte e ocultação de cadáver de servidora

Autor já estava preso preventinamente

As investigações apontaram que Leiza não saiu da cidade e que possivelmente outra pessoa se passava por ela para encaminhar mensagens via WhatsApp para a família dela. Os levantamentos feitos pela Polícia Civil os levaram a residência de A.S., que fica próximo da casa da vítima. Na casa do indivíduo foi localizado um carregador de celular totalmente compatível em marca, modelo e número de série ao do celular da vítima. Diante da suspeita, foram representados judicialmente pela busca e apreensão e prisão temporária do suspeito.

O autor afirmou que teria ajudado a esconder o corpo da vítima e apontou outros suspeitos que teriam ceifado a vida dela com objetivo patrimonial e que teria apenas ajudado em troca de uma dívida. O indivíduo indicou o local onde teria deixado o corpo de Leiza. Lá, os policiais civis encontraram sinais de incineração, com alguns fragmentos de ossos.

Conforme as investigações foram avançando, a Polícia Civil verificou diversas contradições apresentadas por A.S., que ao ser confrontado confessou ter agido sozinho, com intenção patrimonial, pois acreditava que a vítima tinha dinheiro em sua casa, e valendo-se da relação de confiança que ela tinha por ele, tendo em vista que ele já havia realizado serviços de pedreiro para ela e então a surpreendeu em sua residência, a amarrou e a amordaçou, momento em que ela foi à óbito, por alguma causa desconhecida por A.S.

A Perícia aida coletou material para análise e confronto de DNA. Por fim, o laudo necroscópico concluiu que a arcada dentária e as próteses dentárias encontradas foram totalmente compatíveis com os prontuários de tratamentos odontológicos da vítima.

O autor confessou ainda que, munido das senhas do celular e do aplicativo bancário de Leiza realizou um “pix” para a sua conta e em seguida levou o corpo dela em seu veículo para o local de coleta de lixo, onde ateou fogo para ocultar o cadáver. Ainda de acordo com ele, após deixar o corpo da vítima no aterro sanitário, foi até a sua residência, pegou o celular da vítima, se passando por ela, e encaminhou mensagens para os familiares dela e para ele mesmo, com o objetivo de encobrir vestígios. O homem já estava preso, mas teve a prisão temporária convertida em preventiva e permanece custodiado em regime fechado.

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