O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ/MS) autorizou a transferência do procurador Carlos Alberto Zeolla, que confessou o assassinato do sobrinho Cláudio Alexander Joaquim Zeolla, de 24 anos, no dia 3 de março, na rua Bahia com a Pernambuco, em Campo Grande. A decisão foi autorizada pelo desembargador Romero Osme Dias Lopes.
Conforme o advogado de defesa do procurador, Ricardo Trad, o procurador será transferido para a Clínica Carandá, especializada em tratamento psiquiátrico. A autorização foi dada em caráter provisório, e Zeolla somente deverá sair em caso de alta médica ou decisão judicial.
Na última terça-feira, o Tribunal de Justiça decretou a prisão preventiva do procurador, que deve permanecer preso pelo menos até o julgamento.
Crime
Cláudio Alexandre Joaquim Zeolla foi assassinado com um tiro na cabeça, na rua Bahia, esquina com rua Pernambuco, no bairro Monte Castelo. Uma das hipóteses é que a vítima, que é sobrinho de Carlos Alberto Zeolla, teria sido morta porque agrediu o pai do procurador acusado pelo crime.
No local do crime a polícia encontrou a bicicleta e o telefone celular de Cláudio Zeola. O homicídio aconteceu perto da academia Dstak onde ele fazia musculação. Com o depoimento de testemunhas, os investigadores chegaram até o carro, que pertence ao procurador de justiça Carlos Alberto Zeolla, tio da vítima. As mesmas testemunhas disseram que o disparo foi efetuado por um homem que estava no veículo, em companhia de um adolescente. Elas reconheceram Zeolla como sendo este homem.
A Polícia Civil divulgou uma nota informando que o procurador de justiça Carlos Zeolla havia sido preso em flagrante. Em seguida, o MPE foi acionado e acompanhu o processo. O procurador foi encaminhado à sede do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Sequestros (Garras), onde ficou em uma cela especial. Na quinta-feira (5), Zeolla prestou depoimento e confessou que matou o sobrinho, porque ele teria agredido o avô, pai do procurador. A defesa de Zeolla entrou com pedido de relaxamento de prisão no Tribunal de Justiça. O pedido foi negado no dia seguinte.
Depois de ter dois pedidos de liberdade negados pelo TJ, a defesa de Carlos Alberto Zeolla vai mudar de estratégia. O pedido seria para que o procurador de justiça fique preso, em regime especial, em um hospital psiquiátrico, que foi aceito nesta quarta-feira (18).
Carlos Alberto Zeolla estava preso na sede do Garras, na Capital. Ele vai responder por homicídio qualificado, com pena mínima de 12 anos e também por entregar direção a pessoa não habilitada, já que um menor de 17 anos dirigia o carro dele no momento do crime. (Com MS Record)