Campo Grande é uma das 11 capitais brasileiras com alta probabilidade de aumento de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) a longo prazo, conforme boletim Infogripe da Fiocruz. Os principais vírus responsáveis são influenza A (H1N1 e H3N2) e vírus sincicial respiratório (VSR).
Veruska Lahdo, superintendente de vigilância em saúde do município, afirmou que as unidades de saúde estão atentas, coletando dados e monitorando os números continuamente. “A gente monitora 24 horas por dia os números se estão crescendo os casos, ou não e alertando a população”, destacou.
Dados da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) revelam que, de janeiro até agora, 162 pessoas morreram vítimas de SRAG em Campo Grande, sendo 154 adultos e 8 crianças. Quase 2 mil casos (1.968) foram notificados.
O que é SRAG?
SRAG pode começar com sintomas gripais comuns, como tosse, coriza, dor de garganta, dor de cabeça e febre, mas pode evoluir para uma condição mais grave, incluindo dificuldade respiratória, dor persistente no peito, saturação de oxigênio abaixo de 95% e coloração azulada nos lábios ou rosto.
Vírus sincicial respiratório (VSR)
O VSR é um dos principais causadores de bronquiolite em bebês e crianças pequenas, uma infecção dos pequenos canais respiratórios dos pulmões, e pode causar pneumonia. Médicos recomendam que mães evitem expor recém-nascidos a ambientes públicos até os seis meses de idade, quando o sistema imunológico é mais vulnerável.
Embora não haja vacina para prevenir o VSR, medidas de higiene, como lavar as mãos frequentemente e evitar contato com pessoas doentes, são fundamentais. O VSR também afeta pessoas de todas as idades, especialmente idosos e imunossuprimidos.
Para proteger contra outros vírus, como influenza A (subtipos H1N1 e H3N2) e influenza B (victória), todas as unidades de saúde de Campo Grande estão oferecendo vacinação para todos os públicos acima de seis meses de idade. Confira os endereços e horários no site da Sesau.