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Executivo Estadual

Eduardo Riedel comenta confronto entre Choque e indígenas em Dourados

Governador destaca respeito às comunidades, mas afirma necessidade de garantir ordem e direito de ir e vir

Vivianne Nunes
Capital News

O governador Eduardo Riedel (PSDB) se manifestou nesta quarta-feira sobre o confronto entre o Batalhão de Choque da Polícia Militar e indígenas em Dourados, ocorrido após três dias de negociações para pôr fim a um protesto que bloqueava o trânsito na região. Riedel enfatizou a importância do diálogo, mas afirmou que ações que comprometem o direito de ir e vir não podem ser toleradas.

“Não podemos tolerar, para além de qualquer discussão e negociação que foi feita por três dias seguidos, uma paralisação do estado”, afirmou. O governador destacou que trabalhadores foram impedidos de chegar aos seus locais de trabalho e cidadãos tiveram sua mobilidade afetada.

De acordo com Riedel, as negociações com os manifestantes avançaram, mas acabaram sendo postergadas por interesses políticos. “O Estado não pode ser refém de interesses políticos dentro das comunidades indígenas, que a gente tem o maior respeito”, declarou. Ele informou que tais interferências foram registradas em boletim de ocorrência.

O governador destacou os esforços do Estado para resolver problemas estruturais nas aldeias, especialmente no que diz respeito ao abastecimento de água. Ele mencionou investimentos de R$ 45 milhões da Itaipú Binacional e R$ 15 milhões do Governo do Estado para atender diversas comunidades indígenas, embora Dourados ainda não esteja incluída no projeto.

“As aldeias foram atendidas com caminhões de água, mas, ainda assim, não quiseram finalizar o protesto”, explicou. Segundo Riedel, houve influência de "interferência de uma pessoa e correntes de instituições públicas federais", associadas à possível visita do presidente da República à região.

Riedel reforçou o compromisso do governo estadual com o desenvolvimento das comunidades indígenas, mas reiterou a necessidade de manter a ordem e assegurar o desenvolvimento econômico e social do estado. “Estamos trabalhando pelas comunidades indígenas e vamos continuar, mas precisamos manter a ordem, desenvolvimento e direito das pessoas de ir e vir”, concluiu.

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