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Executivo Segunda-feira, 21 de Agosto de 2023, 18:52 - A | A

Segunda-feira, 21 de Agosto de 2023, 18h:52 - A | A

Agronegócio Sustentável

Governador Eduardo Riedel defende produção responsável e sustentável em seminário

Mesa aconteceu na sede da Folha de São Paulo

Layane Costa
Capital News

Divulgação/Portal MS

Eduardo Riedel participa de seminário e defende produção responsável e sustentável

6º edição do Seminário Agronegócio Sustentável

Durante a 6º edição do Seminário Agronegócio Sustentável, realizado pelo jornal Folha de São Paulo, nesta segunda-feira (21), o governador Eduardo Riedel defendeu a caminhada conjunta do desenvolvimento econômico com a preservação ambiental.

Ao lado do governador mato-grossense Mauro Mendes, do coordenador do mestrado em Agronegócios da FGV Agro, Eduardo Assad, da senadora Soraya Thronicke e da sócia-líder de mercado para o agronegócio da KPMG, Giovana Araújo.

A mesa aconteceu no auditório da sede da Folha, sob o tema "O desenvolvimento do agronegócio e os incentivos à preservação do meio ambiente", precedente da segunda mesa de discussão, denominada como "A produtividade no Nordeste".

"Deixamos claro os rumos que Mato Grosso do Sul tem tomado em relação a sua industrialização, como nossas práticas sustentáveis tem nos tornado protagonistas de um exemplo bem sucedido em âmbito global. Queremos exportar, se fazer presente nos mercados, passando essa mensagem clara: o que foi construído nos últimos 30 anos em termo de desenvolvimento da agropecuária se transforma agora em industrialização. Temos muito a mostrar", comenta o governador de Mato Grosso do Sul.

Riedel ainda destacou que cada vez mais existe uma consciência sobre a produtividade e as práticas adotadas pelo setor, evoluindo e aprimorando-as para que se obtenha nos biomas nos quais Mato Grosso do Sul está instalado uma produção responsável com sustentabilidade.

Divulgação/Portal MS

Eduardo Riedel participa de seminário e defende produção responsável e sustentável

Governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel

"No Brasil construímos um modelo de produção que caminha lado a lado com a sustentabilidade. Pode parecer um paradoxo, principalmente se você olhar para os dados sobre desmatamento, mas temos que separar o que é ilegal e legal", frisa durante sua fala no evento.

Conforme os dados apresentados pelo professor Eduardo Assad durante a palestra, de todo o desmatamento ocorrido no país, 95% dele é ilegal. Ele ainda defendeu mais rigor no cumprimento da lei, o que foi corroborado por Riedel logo em seguida. "Não pode mais ter espaço para ilegalidade. Tem que ter a mão dura do estado", comenta Riedel.

O governador de Mato Grosso do Sul lembrou o trabalho realizado pela Embrapa como algo que possibilitou a inserção de técnicas que proporcionam balanço de carbono, como o plantio direto. Ainda foi citado o processo de transição energética a qual passa o país, baseado em um histórico positivo do agronegócio ao longo das últimas quatro décadas.

"Tivemos a Revolução Verde, agora chegam os processos da biotecnologia, que pouco a pouco o agro vem incorporando. São resultados extremamente positivos se pensarmos em sustentabilidade, que no meu ponto de vista tem três pilares: balanço de carbono, água e biodiversidade. E hoje o Brasil tem 74% de seu território preservado", aponta.

Riedel não deixou de ressaltar a existência de milhares de hectares de pastagens degradadas e que podem ser recuperadas e aproveitadas com plantações mais produtivas, fazendo dessa e outras discussões no entorno do desenvolvimento sustentável um debate permanente.

Os dados apresentados no seminário revelam que em 32 anos, partindo de 1990, quadruplicou a produção de grãos no Brasil, mas a área plantada apenas dobrou. A agricultura ocupa no país meros 9% da área, sendo que ainda há 26% de áreas de pastagens degradadas, percentagem esta vista por Riedel como uma oportunidade de crescimento com redução de emissão de carbono.

"Temos uma matriz energética hoje se baseando no agro. O etanol é muito competitivo e de repente agora surge também o milho. A celulose e a expansão das florestas trouxeram um balanço de carbono negativo. São práticas que mostram um agro de baixo carbono. A mensagem é essa, que construímos um caminho e estamos o seguindo para a sustentabilidade", conclui o governador.

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