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Vale da Celulose

Mato Grosso do Sul firma contrato de R$ 2,3 bilhões com BNDES para modernizar rodovias

Investimento estratégico vai impulsionar infraestrutura e logística na região, atraindo mais capital privado e desenvolvimento

Vivianne Nunes
Capital News

 O Governo de Mato Grosso do Sul assinou um contrato de financiamento de R$ 2,3 bilhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para modernizar e expandir a malha rodoviária estadual, com foco na região leste do Estado, chamada de 'Vale da Celulose'. O objetivo é melhorar a infraestrutura e atender ao crescente desenvolvimento de empreendimentos globais de celulose que estão se instalando na área, como Suzano, Eldorado e Arauco.

O projeto, que inclui uma contrapartida de R$ 300 milhões do governo estadual, prevê a pavimentação de 569 km de rodovias ainda não asfaltadas e a restauração de outros 249 km de estradas. No total, 818 km de rodovias estaduais serão modernizadas. "Esse recurso do BNDES é de vital importância, permite que continuemos a dar competitividade para esses negócios que estão transformando a Costa Leste do Estado", declarou o governador Eduardo Riedel.

A região já é um polo industrial estratégico, abrigando grandes fábricas de celulose, que movimentam bilhões em recursos, gerando empregos e renda. Empresas como Suzano, que opera fábricas em Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo, e a Eldorado, também em Três Lagoas, já são referências no setor. Com a chegada de novos projetos como a fábrica da Arauco, em Inocência, e da Bracell, em Água Clara, a demanda por infraestrutura de qualidade aumenta ainda mais.

Riedel destacou que, além do investimento em rodovias, o governo também trabalha em parceria com o Governo Federal para concessionar BRs 262 e 267. "Somamos mais 870 km de rodovias federais que serão concessionadas em dezembro, com R$ 5,7 bilhões de capex para os próximos seis, sete anos, o que, junto aos R$ 2,3 bilhões de hoje, e mais R$ 1,5 bilhão do Estado, resulta em quase R$ 10 bilhões de investimento em infraestrutura", afirmou o governador, destacando a transformação que esses recursos trarão para a logística e competitividade da região.

Inovações no projeto e resiliência climática

Além do impacto econômico, o projeto financiado pelo BNDES também traz inovações em termos de sustentabilidade e segurança. O presidente do BNDES, Aluízio Mercadante, elogiou a qualidade do projeto e ressaltou que ele inclui medidas de prevenção a incêndios nas rodovias, um fator essencial, considerando a localização das estradas em áreas de florestas plantadas para a produção de celulose. "É um projeto que vai mudar a infraestrutura do Estado, tornando-a mais eficiente, segura e resiliente às condições climáticas adversas", explicou.

O governador Riedel reforçou que as inovações incluídas no projeto são essenciais para garantir a resiliência climática das rodovias, especialmente em períodos de seca extrema. "As empresas da região também estão envolvidas nesse monitoramento climático, e o Estado está em parceria para garantir a segurança e a preservação do meio ambiente", destacou.

Governo MS

Mato Grosso do Sul firma contrato de R$ 2,3 bilhões com BNDES para modernizar rodovias

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O presidente Lula, que participou da assinatura do contrato, enfatizou que o BNDES financia projetos que apresentam consistência e planejamento. "Se tiver um bom projeto, o dinheiro vem, e a economia começa a girar. É isso que estamos fazendo, colocando o Brasil para crescer com obras que geram emprego e renda", declarou o presidente, elogiando a qualidade da proposta apresentada por Mato Grosso do Sul.

O financiamento com o BNDES é parte de uma estratégia maior de desenvolvimento do Estado, que também inclui projetos para aumentar a infraestrutura de distribuição de gás pela MSGÁS e a estruturação de Parcerias Público-Privadas (PPPs) para os parques estaduais.

Impacto social e econômico

Com a modernização das rodovias, o governo estadual espera criar um ambiente mais propício para o desenvolvimento de negócios e aumentar a eficiência logística, reduzindo o tempo de escoamento da produção e aumentando a competitividade do Estado no mercado global de celulose. A previsão é que, nos próximos anos, os novos empreendimentos da região leste de Mato Grosso do Sul gerem cerca de 80 mil novos empregos, fortalecendo ainda mais a economia local.

O projeto faz parte de uma série de iniciativas do governo estadual, que aposta em um modelo de desenvolvimento sustentável e integrado, com foco no crescimento econômico e na preservação ambiental.

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